Carta do papa Francisco ao cardeal Norberto Rivera
Roma, 14 de Agosto de 2013
O papa Francisco escreveu uma carta ao cardeal Norberto
Rivera Carrera por ocasião dos 200 anos da catedral metropolitana da
capital do México, a celebrar-se no próximo dia 15 de Agosto, solenidade
da Assunção da Virgem Maria, padroeira da catedral.
Reproduzimos a seguir as palavras do santo padre:
Ao Senhor Cardeal
Norberto Rivera Carrera
Arcebispo da Cidade do México
Norberto Rivera Carrera
Arcebispo da Cidade do México
Querido Irmão,
Com a sua carta do dia 4 do presente mês, você teve a bondade de me
recordar que, no próximo dia 15 de Agosto, solenidade da Assunção da
Bem-Aventurada Virgem Maria à glória do Céu, iniciarão as celebrações
para comemorar os duzentos anos do fim da construção da catedral dessa
arquidiocese primaz do México.
Nestas significativas circunstâncias, através dos seus bons ofícios,
desejo fazer chegar a todos aqueles que se alegram com esta efeméride a
minha saudação cordial e a certeza de que me unirei a todos os pastores e
fiéis dessa Igreja particular na acção de graças a Deus pelos dons
recebidos.
Esta comemoração é uma ocasião para olhar para o passado, robustecer o presente e vislumbrar o futuro.
Da história desse templo, podemos tirar lições para a nossa vida
cristã. Quantas pessoas o terão visitado para encontrar-se com o Senhor!
As suas pedras são testemunhas silenciosas de tantos que entraram nele
para abrir o coração a Deus, pedir-lhe perdão, suplicar-lhe favores,
louvá-lo e bendizê-lo por todo o amor que Ele nos manifesta todos os
dias. Recolhamos o melhor dessa herança espiritual e continuemos
elevando os nossos corações ao céu nesta casa, que é a casa de Deus e de
todos os que formam a grande família diocesana.
Mas não se trata apenas de voltar os olhos para trás. Uma
oportunidade como esta deve se transformar em um forte estímulo
espiritual para assumir com alegria a grande tarefa que todo baptizado
tem hoje de ser discípulo e missionário de Jesus Cristo. Na catedral,
coração da diocese, o bispo leva a cumprimento a acção mais venerada e
santa que pode ser realizada: a eucaristia, memorial da Morte, Paixão e
Ressurreição de Nosso Senhor. Participemos dela com devoção e
encontremos na mesa do Senhor as forças para dar testemunho por toda
parte do amor que Deus nos tem, em qualquer ambiente onde nos
encontrarmos e com todos aqueles que nos rodeiam, especialmente os mais
desfavorecidos.
Assumamos também o desafio de olhar para o futuro com esperança. Que
ninguém nos roube a esperança! Pelo contrário: alimentemo-la, vindo ao
primeiro templo diocesano. A Palavra de Vida que ressoa na catedral
primaz do México há de se prolongar no futuro, há de se enraizar no
coração das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Eles são uma janela
aberta para a alegria e para o entusiasmo. A eles temos que dar o
melhor que temos: Cristo, Salvador e Amigo que nunca falha. Isto
compete, antes de tudo, aos pais e mães de família, que têm na educação
cristã dos filhos o maior dos seus compromissos, do qual não podem
cansar-se e o qual levarão a termo não apenas contando com as suas
próprias energias, mas, principalmente, apoiados na oração.
Confio todos estes bons desejos ao materno amparo de Nossa Senhora de
Guadalupe, nossa Mãe do Céu. Que Ela seja, para toda a arquidiocese do
México, bússola e estrela que conduz a Cristo, fruto do seu ventre. Que
Ela custodie com a sua protecção e mantenha fiéis no caminho da santidade
a todos os sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e fiéis
dessa comunidade arquidiocesana.
Querido Irmão, peço, por favor, que você reze e incentive a rezarem por mim nessa catedral. Preciso muito das suas orações.
Com estes sentimentos, concedo de coração a bênção apostólica, penhor de copiosos favores divinos.
Fraternalmente,
Francisco
in
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