Páginas

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

As três razões que converteram uma feminista com ambições políticas em advogada pró-vida

Feminista... Continua sendo

Maria Vitale Gallagher.
Actualizado 14 de Agosto de 2013

C.L. / ReL
Antes de converter-se numa advogada pró-vida, María Vitale Gallagher tinha trabalhado como jornalista em diversos medias em papel, digitais e emissoras de rádio de âmbito nacional nos Estados Unidos como a NPR (pública), a CBS ou a Associated Press.

Considerava-se (e continua considerando-se), feminista, como ela mesma explica em LifeNews, e tinha aspirações políticas. Quanto ao aborto, via-se a si mesma proclamando, durante a campanha para as eleições à assembleia do estado, algo como isto: "Pessoalmente sou pró-vida, e rezarei todos os dias para acabar com o aborto. Mas a minha posição política é pro-choice [pro-escolha]". Quer dizer, abortista.

Porquê? Porque, apesar dos seus onze anos de educação católica, explica, e tendo nascido já com o aborto legalizado, "não podia imaginar os Estados Unidos sem que o aborto fosse legal": "Se o aborto não era legal, teriam as mulheres desesperadas que praticá-lo a si mesmas?".

"E ainda que nunca considerei o aborto como algo bom", continua, "parecia-me um mal necessário. Quanto aos autodenominados pró-vida, porque tinham que incomodar as mulheres nos arredores das clínicas de abortos? Não eram como os pregadores de rua que atemorizam o passante, proclamando o nome de Jesus para condenar todas as mulheres que se cruzassem no seu caminho?".

A verdade revelada

"Mas algo curioso sucedeu", diz: "Uma amiga pró-vida introduziu-me na literatura que descreve a evolução do não nascido". E isso mudou tudo. Ainda que María tenha escrito como jornalista muitas histórias sobre o aborto (inclusive ganhando um prémio por uma delas), "não sabia que o coração humano começa a bater 24 dias depois da concepção, ou que aos 43 dias já se detectam ondas cerebrais, ou que no 49º dia um embrião parece já uma bonequita". "Compreendi então que não podia haver justificação para o aborto", explica.

Essa foi uma primeira razão. Mas houve duas mais.

Uma, que começou a detectar "buracos" na argumentação abortista: "Por exemplo, eu sempre tinha pensado que os abortos tardios só se realizavam em caso de perigo para a vida da mãe. Mas li uma carta que a Federação Nacional do Aborto escreveu em 1995 aos membros da Câmara de Representantes, onde diziam que esse tipo de abortos os pediam ´adolescentes muito jovens que não tinham reconhecido os sinais da gravidez até muito tarde´. E li também um estudo do Instituto Alan Guttmacher, antiga rama de investigação da Planned Parenthood (a organização abortista maior do país), que indicava que quase metade das mulheres que abortavam depois das 16 semanas era porque ´achavam difícil resolver as coisas´".

Por último, soube da síndrome pós-aborto e "dos efeitos daninhos do aborto nas mulheres: incremento do risco de abuso de substâncias, pensamentos suicidas, desordens alimentares e cancro do peito. Mais que dar poder às mulheres, o aborto parecia explorá-las, conduzindo-as a um sem número de problemas e sem resolver nenhum".

Feminismo: que as mulheres progridam, não o contrário
As convicções feministas de María, cuja avó tinha sido sufragista, estavam então em causa, porque se se acreditava na dignidade da mulher, "como negar-se à mulher dentro do peito da sua mãe? Não tinham as meninas no útero o direito a que as mulheres adultas lutassem pelos seus direitos?".

"Continuo sendo feminista", conclui Gallagher, "mas uma feminista que reconhece que o aborto legal não é um caminho para fortalecer a mulher. Defendo que se dê marcha atrás em Roe vs Wade [a sentença do Tribunal Supremo que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973], precisamente para o progresso da mulher. E quero o melhor para a minha filha... E isso significa um mundo no qual a mulher grávida seja animada, apoiada e louvada".


in

Sem comentários:

Enviar um comentário