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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

As rainhas da natação em Barcelona, Katie Ledecky e Missy Franklin, felizes de ser católicas

Entre as duas somaram dez ouros e dois recordes mundiais

Katie Ledecky (esquerda) e Missy Franklin (direita).
Actualizado 13 de Agosto de 2013

C.L. / ReL

A natação espanhola feminina conheceu a glória no Mundial celebrado entre 19 de Julho e 4 de Agosto em Barcelona: ao ouro das raparigas de polo aquático somaram-se em sincronizada as três medalhas de prata da equipa e os quatro bronzes de Ona Carbonell (duas individuais, duas com Margalida Crespí) e na natação a prata de Melanie Costa e as duas pratas e o bronze de Mireia Belmonte: no total, doze espectaculares medalhas.

Mas sem dúvida as grandes triunfadoras foram duas norte-americanas: Katie Ledecky, com quatro ouros em estilo livre (400 -precisamente à frente de Melanie Costa - 800, 1500 e o relevo de 200) e dois recordes do mundo (800 e 1500), e a todo-terreno Missy Franklin, com seis ouros: três em livre (200, relevo de 100 e 200), duas em costas (100 e 200) e o 4x100 estilo livre.

Coincide que ambas as jovens são católicas praticantes e consideram a fé algo realmente importante nas suas vidas.

Devota de Santa Ana
Katie, um portento de 16 anos que foi ouro em Londres com 15, estuda num colégio católico, a Stone Ridge School do Sagrado Coração, em Bethesda (Maryland). "Rezo sempre uma ave-maria antes de cada corrida, e gosto de ir à missa todos os domingos. É uma grande oportunidade para reflectir e para conectar com Deus. A minha fé foi uma parte importante da minha vida desde que nasci", declarou antes de ir às Olimpíadas de 2012.

Foi educada pelas irmãs do Imaculado Coração de Maria, o que a fez muito devota de Santa Ana, a mãe da Virgem Maria. Também o é do santo do dia do seu nascimento, São Patrício. Tem um irmão de 18 anos, e com ele e com os seus pais, a quem considera seus modelos, colabora na sua paróquia. Responde assim também aos desvelos do seu padrinho, o padre Jim Shea, S.I., provincial dos jesuítas de Maryland.

Convertida do protestantismo e a tibieza
Nada que ver a sua experiência vital cristã com a de Missy Franklin, que também conheceu o êxito em Londres com quatro ouros e um bronze. Californiana de pais canadianos, com 18 anos cumpridos em Maio, foi educada como protestante, mas tampouco de forma praticante: "A religião não era importante na educação que me deram os meus pais. Nunca tivemos uma igreja como própria. Íamos ocasionalmente a algum serviço religioso, mas sentia-me incómoda e auto-suficiente porque não sabia que se esperava de mim".

Mas logo se mudou para o Regis Jesuit High School, um instituto católico, jesuíta, em Aurora (Colorado), onde começou a sentir-se inclinada a converter-se ao catolicismo: "Quando comecei a ir ao instituto, a minha fé não era algo importante na minha vida. Mas ao receber as minhas primeiras classes de teologia, ao ir às minhas primeiras missas e aos meus primeiros exercícios espirituais, comecei a compreender a importância de Deus na minha vida e quanto o amo e o necessito".

E explica porquê: "Deus está sempre aí para mim. Falo com Ele antes, durante e depois dos treinos e das competições. Peço-lhe que me oriente. E agradeço-lhe por este talento que me deu e prometo-lhe ser um modelo positivo para os jovens praticantes de todos os desportes".

Que o aspecto religioso esteja a quarta parte mais alto que o desportivo, já seria um luxo como modelo!


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