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sábado, 17 de agosto de 2013

Brülhart: Estamos no caminho certo, com muita vontade de transparência financeira

Director da Autoridade de Informação Financeira da Santa Sé explica detalhes do motu proprio do papa Francisco


Roma, 16 de Agosto de 2013


O papa Francisco assinou na semana passada um motu proprio para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e a proliferação das armas de destruição em massa. O director da Autoridade de Informação Financeira da Santa Sé (AIF), René Brülhart, em entrevista à Radio Vaticano, destaca o grande compromisso de transparência assumido pelo Vaticano.

Sobre o motu proprio, em particular, ele explica que "é uma integração, no sentido de que a lista das tarefas da AIF cresceu com a chamada vigilância prudencial". A AIF "tem a tarefa de avisar sobre casos de lavagem de dinheiro e, consequentemente, no momento actual, tem uma tarefa de supervisão".

A AIF "controla todas as actividades financeiras das várias instituições dentro do Vaticano", explica Brülhart.

Este processo de transparência começou com o motu proprio de Bento XVI, no fim de 2010, quando foram tomadas as primeiras medidas, comenta Brülhart. Com isso, "estamos falando de um período de tempo relativamente breve, durante o qual pudemos dar passos muito concretos, principalmente nos últimos meses".

E o trabalho destes últimos meses "está no caminho certo", afirma o director da AIF. "É fundamental o fato de termos criado os instrumentos certos para que, esperemos que não aconteça mais, mas no caso de ocorrerem de novo histórias feias ou surgirem outra vez circunstâncias como as que já vivemos, contemos com os instrumentos adequados para intervir de maneira concreta e até de forma pro-activa, para criar a situação que nós queremos encontrar".

Brülhart destaca que é determinante "desenvolver um grande trabalho de formação, uma grande obra de prevenção para introduzir as medidas necessárias para obter uma forte sensibilização, para não se repetirem eventos similares no futuro".

Sobre as perspectivas para uma futura cultura da transparência no Vaticano, ele responde que são "muito positivas: acho que isto está em sintonia com o espírito que perdura aqui. Acredito que todos nós temos o desejo de transparência, de clareza, em especial da claridade interior. Se pudermos contribuir para fazer isto progredir também no âmbito financeiro, como temos feito nos últimos meses, acho que então estamos todos no caminho certo".



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