O Presidente da Renovação Carismática (RC) explica que a nova evangelização precisa mais de orantes do que de oradores
Roma, 11 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Salvatore Martinez
É o primeiro imperativo: a oração não se deve dar por
suposto. É uma arte que sempre precisa reaprender. É uma habilidade que
se recebe tendo o olhar aberto sobre a história, fazendo de cada evento
um motivo de louvor e súplica ao Senhor.
É um estado permanente da vontade, "conectada" com o céu. A oração
não pode se esgotar no tempo de um ritual ou de um encontro comunitário.
Como afirma o Santo Padre Bento XVI, "mesmo aqueles que são muito
avançados na vida espiritual sempre sentem a necessidade de entrar na
escola de Jesus, para aprender a orar com autenticidade” (Audiência
Geral, 4 de maio de 2011).
Em profunda harmonia espiritual com o seu antecessor, que entregou
para toda a humanidade um “programa” para o Terceiro milénio: “As nossas
comunidades cristãs devem tornar-se verdadeiras "escolas" de oração...
uma oração intensa, que não desvia do compromisso na história: abrindo o
coração ao amor de Deus, abre-o ao amor dos irmãos e nos torna capazes
de construir a história segundo o desígnio de Deus” (Beato João Paulo II
em Novo Millenio Ineunte, 33).
A oração, portanto, requer "olhos abertos", consciências vigilantes,
vontade livre de toda preguiça ou deserção. Não nos cansemos de dizê-lo:
a vida cristã precisa de autenticidade, de nova interioridade de fé, de
reencontro íntimo com Deus: só a oração atende essas necessidades.
A nova evangelização nasce, cresce e se desenvolve através do
testemunho de homens que sabem cultivar o desejo de Deus na oração e na
íntima comunhão com a pessoa do Espírito Santo, que faz da nossa oração
um “estilo de vida”, uma vida nova, boa, plena, feliz.
Esta é a razão pela qual o Papa João Paulo II sempre afirmava que “[a
oração] é o segredo de um cristianismo verdadeiramente vital, que não
tem motivos para temer o futuro, porque continuamente retorna para as
fontes e se regenera nelas” (Novo Millennium ineunte, 32).
No documento preparatório do Sínodo dos Bispos "A nova evangelização
para a transmissão da fé cristã" se destaca a necessidade do "retorno à
oração", de modo que as palavras humanas deixem a primazia à Palavra de
Deus.
Uma nova formação à oração, que apresente os evangelizadores mais
como "orantes” do que como “oradores”. “A transmissão da fé não acontece
só com as palavras, mas exige um relacionamento com Deus através da
oração, que é a mesma fé em ato. Nesta educação para a oração... O
sujeito educador é o mesmo Deus e o verdadeiro educador à oração é o
Espírito Santo” (Lineamenta para o Sínodo dos Bispos sobre a nova
evangelização, 15)
(Trad.TS)
(11 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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