Uma Superintendência Nacional liderada pelo actual governo controlaria as orientações das universidades
Roma, 20 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org)
Os bispos peruanos manifestaram preocupação com "as várias
posições levantadas sobre o projecto de Lei Universitária” e conscientes
da importância de tal tema emitiram um comunicado sobre o assunto
assumindo uma posição. Fizeram-no depois da 103ª Assembleia Geral
Ordinária da Conferência Episcopal Peruana.
E por isso exortaram a realização de “um debate participativo e
técnico que tenha como norte conseguir que as universidade sejam espaços
que garantam o crescimento e a realização humana, mas respeitando a sua
autonomia e outros direitos e garantias reconhecidos pela nossa
Constituição". A CEP em sua declaração também "reafirma o seu
compromisso de contribuir para este debate".
Além do mais, convidou o Congresso e outros poderes do Estado “a não
perder de vista o seu dever constitucional de promover o bem-estar
geral, que se fundamenta na justiça e no desenvolvimento humano integral
de todos os peruanos”.
A proposta da nova lei universitária no Perú será debatida em Março
no parlamento. O ponto mais polémico da proposta de Lei é a criação de
uma "Superintendência Nacional de Educação Universitária", à qual
deverão referir-se todas as universidades, que serão dirigidas pelo
governo. Diante disso vários sectores da sociedade reagiram, porque vêem
nisso uma violação da autonomia política, administrativa e académica de
cada centro.
Os bispos recordam que “as universidades nasceram para que, por meio
do caminho do conhecimento e do desenvolvimento pessoal, o ser humano
seja mais livre”. A Igreja (explica o comunicado) participou activamente no nascimento das universidades; concretamente no Peru fundou
a Universidade Nacional Maior de São Marcos, uma das mais antigas da
América. Porque há mais de quatro séculos que “a Igreja está
comprometida com a formação integral de milhões de peruanos através de
escolas, institutos superiores e universidade por todo o país”.
Além disso, os bispos do Peru destacam que a Igreja Católica, no
âmbito do Acordo Internacional entre a Santa Sé e a República do Peru,
“desenvolve por meio de suas universidades um intenso trabalho de
educação humanística, pesquisa científica e promoção da cultura". Assim,
consideram positivo procurar melhorar o sistema universitário do país e
que aconteça em um clima de diálogo frutífero, “sem que gere
polarização e nem coloque em risco o futuro da universidade no Peru”.
(20 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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