Tensão continua alta. Aviões militares fizeram voos rasantes sobre manifestantes.
Roma, 21 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
O presidente da Federação de Centros Universitário da
Universidade Central da Venezuela (UCV), Juan Requesens, solicitou ontem
a mediação da Igreja Católica venezuelana entre os manifestantes e o
governo para travar a escalada de violência.
A tensão aumentou mais ainda nesta quinta-feira, quando aviões
militares fizeram voos rasantes sobre as manifestações em Táchira e
helicópteros sobrevoaram a cidade de San Cristóbal. Os moradores
denunciaram, além disso, que a internet está sofrendo bloqueios.
O líder universitário pediu que a Igreja nomeie um porta-voz oficial e
assegurou que os estudantes "continuarão na rua de forma pacífica,
pedindo a liberdade das pessoas detidas e expressando o seu
descontentamento com a qualidade de vida no país". Requesens exigiu
ainda que o governo desarme os grupos irregulares que estão disparando
contra os manifestantes. Neste sábado, haverá outra marcha “pela paz,
pela justiça e pela democracia", anunciou ele.
Há duas semanas, Caracas, San Cristóbal e Valência vivem uma rotina
de manifestações de jovens que acabam virando confrontos entre eles e
a polícia.
Dos Estados Unidos, os parlamentares Mario Díaz Balart e Ileana
Ros-Lehtinen fizeram um apelo pela paz, condenaram o chavismo e
propuseram sanções económicas contra os responsáveis pelas violações registadas contra os direitos humanos, através de uma legislação que
pretendem propor o antes possível em Washington.
O presidente Nicolás Maduro afirmou que redes de televisão como a CNN
devem ir embora da Venezuela: “A CNN vai embora da Venezuela, já chega
de propaganda de guerra”, declarou. “Eles querem mostrar ao mundo que a
Venezuela está em guerra civil. E aqui o povo está é trabalhando”.
Na última quarta-feira, dia em que três estudantes perderam a vida, a
rede NTN24, que transmitia os confrontos ao vivo, foi interrompida
em plena cobertura.
O presidente declarou em rede nacional que o opositor “Leopoldo López
ordenou incendiar as ruas para derrubar o governo. E onde é que ele
está agora? Na cadeia, como eu disse. Graças ao poder judiciário e ao
Ministério Público. E o mesmo vai acontecer com todos os fascistas:
vamos ir capturando um por um”.
(21 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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