Além do apelo pelo fim da violência, o Santo Padre explica na catequese o sacramento da unção dos enfermos
Roma, 26 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
O Santo Padre acompanha com particular preocupação o que
está acontecendo na Venezuela. Ele mesmo fez esta declaração na manhã de
hoje, durante a audiência geral das quartas-feiras, e desejou
“vivamente que acabem o quanto antes as violências e as hostilidades e
que todo o povo venezuelano, começando pelos responsáveis políticos e
institucionais, trabalhe para favorecer a reconciliação através do
perdão recíproco e de um diálogo sincero, respeitoso da verdade e da
justiça, capaz de abordar temas concretos pelo bem comum".
Francisco assegurou a sua “constante oração, em particular pelos
que perderam a vida nos confrontos e pelas suas famílias”, e
convidou todos os crentes a “elevar suas súplicas a Deus, pela materna
intercessão de Nossa Senhora de Coromoto, a fim de que o país encontre
rapidamente a paz e a concórdia”.
Ao entrar na Praça de São Pedro, Francisco abençoou e beijou as
crianças durante o percurso feito a bordo do papamóvel aberto, antes de
começar a catequese. O percurso já é habitual, mas hoje houve uma
peculiaridade: muitas das crianças estavam fantasiadas, devido à
proximidade das festas de Carnaval. Havia até um “pequeno papa”, um
“pequeno guarda suíço” e um “pequeno dragão”: Francisco saudou todos
eles. As previsões meteorológicas anunciavam chuva, mas os fiéis e
peregrinos "valentes", como Francisco os chamou, encheram a praça
visivelmente mais do que nas últimas semanas.
O papa continuou as catequeses sobre os sacramentos. Hoje ele reflectiu sobre a unção dos enfermos. No resumo final, Francisco
declarou:
“Na catequese de hoje, falei da unção dos enfermos, que é o
sacramento da compaixão de Deus pelo sofrimento do homem. A parábola do
bom samaritano manifesta o mistério que celebramos neste sacramento:
Jesus se aproxima de quem sofre e o conforta com o óleo da consolação e
com o vinho da esperança. Depois, Ele o leva até a pousada, que
representa a Igreja, à qual Cristo confia o enfermo. Jesus ensinou os
discípulos a terem a mesma predilecção pelos enfermos e pelos
necessitados e lhes confiou a tarefa de cuidar deles em seu nome por
meio deste sacramento”.
“A unção dos enfermos nos ajuda a ampliar o nosso olhar diante da
doença e a saber que não estamos sozinhos, que o sacerdote e a
comunidade cristã apoiam o doente e aquele que sofre. Por isso, é
importante chamar sempre o sacerdote quando há um doente; não é preciso
que a doença seja grave, que ele esteja agonizando; chamem o sacerdote
antes, para que o sacramento o fortaleça, para que nosso Senhor o ajude a
suportar a enfermidade, para lhe dar alívio e reconfortá-lo. É uma
consolação muito grande a presença de Cristo na enfermidade. Cristo pega
a nossa mão e nos lembra que pertencemos a Ele e que nada pode nos
separar dele".
A seguir, o papa saudou os peregrinos, em particular um grupo deles:
“Saúdo de maneira especial o corpo de bombeiros que veio hoje até aqui.
Obrigado. Convido todos a valorizar a paz e o ânimo que Cristo nos
comunica no sacramento da unção dos enfermos, para enfrentarmos o
sofrimento de maneira cristã. Muito obrigado".
Ao terminar as saudações e o resumo da catequese nos diversos
idiomas, o Santo Padre dedicou um gesto de atenção que já se tornou
tradicional a três grupos específicos: os jovens, os doentes e os
recém-casados. Francisco recordou que amanhã celebraremos “a memória de
São Gabriel da Mãe Dolorosa: que o seu exemplo os ajude, queridos
jovens, a ser entusiastas discípulos de Jesus; encoraje vocês, queridos
enfermos, a oferecer os seus sofrimentos em união aos de Cristo; e anime
os queridos recém-casados a fazer do Evangelho a regra fundamental da
vida conjugal”.
(26 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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