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sábado, 22 de fevereiro de 2014

"O milagre da unidade já começou"

Vídeo-Mensagem do Papa Francisco no encontro da comunidade Pentecostal do Texas


Roma, 21 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio


"Queridos irmãos e irmãs, perdoem-me porque falo em italiano e não em Inglês. Na verdade, não vou falarei nem em italiano, nem em Inglês, mas "com a linguagem do coração". Com estas palavras, ditas em Inglês, começa a vídeo-mensagem do Papa Francisco à comunidade pentecostal do Texas, que nesses dias está reunida.

O breve discurso foi gravado com um smartphone pelo Bispo Tony Palmer, responsável da International Ecumenical Officer para a Comunhão das Igrejas Evangélicas, durante a audiência que o Santo padre lhe concedeu no dia 14 Janeiro desse ano.

A vídeo-mensagem foi divulgada pela primeira vez ontem (20), durante a reunião pentecostal no Texas e, logo depois, carregado no Youtube.

"É uma linguagem mais simples e autêntica (prosseguiu o Papa, passando ao Italiano). Esta linguagem do coração é uma gramática especial, simples. Duas regras: ama a Deus acima de tudo e ama o seu irmão e a sua irmã. Com estas duas coisas vamos adiante".

Aos participantes da reunião no Texas, o Papa dirigiu uma "saudação alegre e nostálgica". Alegre porque "me dá alegria de que estejam reunidos para louvar a Jesus Cristo, o único Senhor, para orar ao Pai e receber o Espírito”. "Este é um sinal de que "o Senhor age em todo o mundo", disse ele.

Assim como nos bairros, há famílias que se amam e famílias que estão se separando", “nós estamos um pouco’, permita-me a expressão, ‘separados’”, por causa dos “pecados” e dos “mal-entendidos na história”, em um “longo caminho de pecado comunitário”, em que “todos temos a culpa”, porque “todos somos pecadores” e “somente um é o Justo: o Senhor”.

É precisamente a "nostalgia" que levou o Papa Francisco a expressar o desejo de que "esta separação termine”. Nostalgia, portanto, daquele abraço que a Sagrada Escritura fala, quando os irmãos de José, com fome, foram ao Egipto” e “encontraram algo mais do que refeição: encontraram o irmão”.

Todos nós temos "a riqueza da cultura”, “da nossa história” e das nossas tradições “também religiosas” mas “devemos encontrar-nos como irmãos e temos que chorar juntos como fez José”: o “choro do amor”, portanto, é “um choro que une”.

Falando "como um irmão", o Papa Francisco disse: "façamos crescer a nostalgia que nos moverá a encontrar-nos, a abraçar-nos e a louvar a Jesus Cristo, como único Senhor da história”.

O Papa agradeceu portanto aos pentecostais pela escuta e por tê-lo deixado “falar a língua do coração”. Depois pediu o “favor” de orar por ele. “Rezo por vós, o farei (disse) mas preciso das vossas orações”.

"Peçamos ao Senhor que nos una a todos (continuou Francisco). Avante, somos irmãos... nos damos espiritualmente este abraço e deixamos que o Senhor termine a obra que começou, porque isto é um milagre: o milagre da unidade começou”.

O Santo Padre fez uma citação da obra Os Noivos de Alessandro Manzoni: "Nunca encontrei que o Senhor tenha começado um milagre sem tê-lo terminado bem”. Portanto, Deus, acrescentou o Papa, completará o milagre da unidade entre os cristãos.

"Peço-vos que me abençoeis e vos abençoo, de irmão para irmão. Um abraço. Obrigado”, concluiu portanto o Papa Francisco.

(Trad.TS)

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