Vídeo-Mensagem do Papa Francisco no encontro da comunidade Pentecostal do Texas
Roma, 21 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio
"Queridos irmãos e irmãs, perdoem-me porque falo em italiano
e não em Inglês. Na verdade, não vou falarei nem em italiano, nem em
Inglês, mas "com a linguagem do coração". Com estas palavras, ditas em
Inglês, começa a vídeo-mensagem do Papa Francisco à comunidade
pentecostal do Texas, que nesses dias está reunida.
O breve discurso foi gravado com um smartphone pelo Bispo Tony
Palmer, responsável da International Ecumenical Officer para a Comunhão
das Igrejas Evangélicas, durante a audiência que o Santo padre lhe
concedeu no dia 14 Janeiro desse ano.
A vídeo-mensagem foi divulgada pela primeira vez ontem (20), durante a
reunião pentecostal no Texas e, logo depois, carregado no Youtube.
"É uma linguagem mais simples e autêntica (prosseguiu o Papa,
passando ao Italiano). Esta linguagem do coração é uma gramática
especial, simples. Duas regras: ama a Deus acima de tudo e ama o seu
irmão e a sua irmã. Com estas duas coisas vamos adiante".
Aos participantes da reunião no Texas, o Papa dirigiu uma "saudação
alegre e nostálgica". Alegre porque "me dá alegria de que estejam
reunidos para louvar a Jesus Cristo, o único Senhor, para orar ao Pai e
receber o Espírito”. "Este é um sinal de que "o Senhor age em todo o
mundo", disse ele.
Assim como nos bairros, há famílias que se amam e famílias que estão
se separando", “nós estamos um pouco’, permita-me a expressão,
‘separados’”, por causa dos “pecados” e dos “mal-entendidos na
história”, em um “longo caminho de pecado comunitário”, em que “todos
temos a culpa”, porque “todos somos pecadores” e “somente um é o Justo: o
Senhor”.
É precisamente a "nostalgia" que levou o Papa Francisco a expressar o
desejo de que "esta separação termine”. Nostalgia, portanto, daquele
abraço que a Sagrada Escritura fala, quando os irmãos de José, com fome,
foram ao Egipto” e “encontraram algo mais do que refeição: encontraram o
irmão”.
Todos nós temos "a riqueza da cultura”, “da nossa história” e das
nossas tradições “também religiosas” mas “devemos encontrar-nos como
irmãos e temos que chorar juntos como fez José”: o “choro do amor”,
portanto, é “um choro que une”.
Falando "como um irmão", o Papa Francisco disse: "façamos crescer a
nostalgia que nos moverá a encontrar-nos, a abraçar-nos e a louvar a
Jesus Cristo, como único Senhor da história”.
O Papa agradeceu portanto aos pentecostais pela escuta e por tê-lo
deixado “falar a língua do coração”. Depois pediu o “favor” de orar por
ele. “Rezo por vós, o farei (disse) mas preciso das vossas orações”.
"Peçamos ao Senhor que nos una a todos (continuou Francisco).
Avante, somos irmãos... nos damos espiritualmente este abraço e deixamos
que o Senhor termine a obra que começou, porque isto é um milagre: o
milagre da unidade começou”.
O Santo Padre fez uma citação da obra Os Noivos de Alessandro
Manzoni: "Nunca encontrei que o Senhor tenha começado um milagre sem
tê-lo terminado bem”. Portanto, Deus, acrescentou o Papa, completará o
milagre da unidade entre os cristãos.
"Peço-vos que me abençoeis e vos abençoo, de irmão para irmão. Um abraço. Obrigado”, concluiu portanto o Papa Francisco.
(Trad.TS)
(21 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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