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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Kike Figaredo, à frente de uma diocese do Camboja, anima a apostar-se nas missões na Ásia

Actualizado 19 de Fevereiro de 2014

OMPress / ReL 

Kike Figaredo com Anastasio Gil,
responsável em Espanha das Obras
Missionais Pontifícias
Enrique (Kike) Figaredo, jesuíta espanhol à frente da prefeitura apostólica de Battambang, no Camboja (www.battambang.net) animou os católicos a apoiar com força as missões na Ásia, convencido de que neste continente, "se debate o futuro do mundo".

No contexto do XI Encontro Missionário de Jovens do próximo mês de Março, e pouco antes de um colóquio com estudantes da Universidade São Paulo CEU de Madrid, Figaredo pediu o protagonismo dos jovens para esta missão, porque são "os que melhor falam aos jovens"

A Igreja Católica continua sendo minoritária na Ásia, ainda que cresce ao mesmo ritmo do continente, um continente jovem e cheio de vitalidade, segundo o vê o perfeito apostólico de Battambang.

No sudeste asiático, a zona que melhor conhece monsenhor Figaredo, há também diferenças de um país para outro. A situação da Tailândia, onde a igreja está mais instalada, não é a mesma que no Laos, onde continua sendo perseguida; do Vietname, onde cresce apesar do acosso ou do Camboja, onde está renascendo depois das cinzas de uma longa guerra e uma cruel perseguição que a deixou praticamente dizimada.

Antes da guerra, a Igreja já estava aculturada na sociedade cambojana (inclusive havia dois bispos nativos e muitas vocações de religiosos, religiosas e sacerdotes). Hoje, dos 60 sacerdotes que há em todo o país, só 5 são cambojanos, e o resto missionários.

Kike Figaredo assinala que os jovens do Ocidente e os da Ásia coincidem numa coisa, pelo menos: "herdam um mundo que anima pouco" e que gostariam de mudar.

"Os jovens estão chamados a participar nos desafios que temos na Ásia". Um desses desafios é a migração de jovens que procuram o seu futuro fora do continente; ou "o acesso à educação", que continua sem estar garantido para a maioria dos jovens e dificulta também a formação de líderes.

Tendo em conta a importância que os líderes têm na Ásia, onde as pessoas "não seguem ideologias, mas sim pessoas", esse desafio não é uma questão menor.

Neste sentido, monsenhor Figaredo valorizou a possibilidade, cada vez mais próxima, da viagem do Papa Francisco à Ásia, para a Jornada Asiática de Jovens, que terá lugar na Coreia do Sul de 13 a 17 de Agosto.

Como disse o prefeito de Battambang, "o Papa é famoso na Ásia; talvez não se conhece a Igreja Católica ou a fé cristã", mas também os asiáticos vêem em Francisco "um líder" a quem escutam, e cujo modo de falar chega à gente simples. Por isso, monsenhor Figaredo crê que também os jovens "o escutarão muitíssimo".

Kike Figaredo crê que na Ásia, o Papa poderia falar de temas candentes, como "a construção da paz, a necessidade de justiça para todos, a saída das ideologias, o respeito mutuo e a libertação dos maus espíritos (que tanto peso tem no Camboja, por exemplo) porque "o Espírito do Senhor é o único que pode fazer-nos felizes".

Enrique Figaredo Alvargonzález nasceu em Gijón (Astúrias) em 21 de Setembro de 1959. Em 15 de Outubro de 1979 professou na Companhia de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 4 de Julho de 1992. Desde 2 de Junho de 2000 é prefeito apostólico de Battambang, o equivalente a uma diocese de missão, com apenas uns 7.000 católicos repartidos num mar de população budista.

Tornou-se popular em Espanha e no mundo inteiro pela sua promoção de oficinas para as vítimas de amputação causadas pelas minas. Na última campanha do Domund protagonizava o vídeo promocional que explica como é este ministério com uma história muito emocionante.




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