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domingo, 16 de fevereiro de 2014

O presidente do episcopado da Nigéria denuncia a «imposição» do laicismo estrangeiro em África

Actualizado 13 de Fevereiro de 2014

Fides / ReL 

O arcebispo Kaigama protesta
porque há governos e ONG’s que
querem impor os seus valores anti
africanos usando o seu poder
económico
“Não há que ser absorvidos pelas imposições despóticas de alguns governos ou ONG’s que desejam ditar tendências morais no mundo baseando-se nos seus valores morais secularistas”, afirmou Ignacio Ayau Kaigama, arcebispo de Jos e Presidente da Conferencia Episcopal da Nigéria, no seu discurso de abertura do Seminário de trabalho dos médicos e enfermeiras católicos.

O seminário intitulado “A prática da atenção de saúde e o ensinamento social da Igreja Católica”, realizou-se no Centro Pastoral de Jos.

O arcebispo Kaigama sublinhou que as críticas à postura da Igreja católica sobre as questões relativas à defesa da vida e à moral sexual derivam de posições de preconceito, resultado da falta de conhecimento dos ensinamentos católicos.

“A Igreja católica é julgada frequentemente por pessoas que não lhes interessa conhecer o que realmente crêem os católicos. Os preconceitos que se transmitem de uma geração a outra cegaram os críticos da Igreja Católica, pelo que muitos deles não são capazes de ser objectivos acerca das tradições e das crenças dos católicos”.

Ocidente impõe-se com dinheiro, não com razões

O arcebispo acrescenta que “em África, quando se trata do controlo da população, o uso do preservativo, a homossexualidade, etc., às vezes, as posições ocidentais impõe-se à força aos africanos através de incentivos financeiros. Os africanos não devem ser imitadores, crendo que tudo o que venha do Ocidente é o justo”.

“Sem um discernimento cultural ou intelectual (acrescenta Kaigama) corremos o risco de perder os nossos valores e de não ser nem africanos, nem ocidentais”.

“Devemos permanecer fiéis à nossa herança religiosa, ainda quando uma parte dos que introduziram o cristianismo se tenham convertido em críticos veementes e alguns albergam um ódio patológico contra as directivas ou avaliações morais da Igreja”, conclui o Arcebispo de Jos, falando perante médicos, enfermeiras e agentes de pastoral e atenção de saúde.

A Nigéria tem uns 170 milhões de habitantes, dos quais uns 20 milhões são cristãos católicos, outros 60 milhões são cristãos protestantes e o resto são muçulmanos.

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