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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Novo vídeo das irmãs de Maaloula: religiosas usadas como moeda de troca

Vídeo divulgado ontem pela TV Al Jazeera mostra freiras sequestradas em Dezembro


Roma, 10 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org)


Depois de meses de silêncio, reaparecem as irmãs de Maaloula. A televisão Al Jazeera lançou ontem um novo vídeo mostrando as religiosas, sequestradas em dezembro, sentadas em silêncio, enquanto uma narração apela à libertação de todos os detidos na Síria.

As irmãs de Maaloula, cidade cristã a 55 km ao norte de Damasco, desapareceram em 2 de dezembro do mosteiro ortodoxo grego de Santa Tecla, conforme recorda a agência Ásia News, e até agora, a única informação recebida foi a de que elas foram levadas para Yabroud, no norte, por um grupo de rebeldes.

Em um vídeo publicado pela TV de Qatar em 6 de dezembro, as freiras disseram não ter sido sequestradas, mas levadas para fora de Maaloula para escapar do bombardeio, a fim de garantir a segurança delas e que voltariam depois de dois dias. No vídeo de ontem, em vez disso, as irmãs não falam, o único som vem de uma narração que diz: "elas estão bem, não foram maltratadas e esperam ser libertadas para voltar ao mosteiro".  A voz não diz nada sobre o lugar onde as freiras estão, mas confirma o "sequestro” e afirma que entre eles estão "sírios e libaneses."

As acusações das media sírias sobre o vídeo de dezembro, que usava as irmãs como escudo humano, se confirmam: os rebeldes querem usar as religiosas como uma moeda de troca. Na última parte do vídeo de ontem (informa a Ásia News) a narração diz que "as irmãs gostariam de agradecer a todos que tentam obter a libertação delas e pedem a libertação de todos os detidos.”

Antes deste rapto foi reivindicado pelas brigadas islamitas da Ahrar al-Qalamoun, em troca da libertação das irmãs, a libertação de "mil mulheres detidas em prisões do regime sírio". Numerosos apelos pedem a libertação das irmãs: Papa Francisco, em primeiro lugar, em seguida, os bispos ortodoxos, as autoridades libanesas e o Emir do Qatar. Até agora, no entanto, nenhum resultado.

(Trad.:MEM)


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