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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Milhares se manifestam na França a favor da família tradicional

500 mil pessoas contrárias ao casamento homossexual, à lei ABCD e à lei de reprodução assistida


Roma, 03 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


Milhares de pessoas se manifestaram neste domingo, na França, contra uma série de medidas contrárias à família adoptadas pelo governo socialista do presidente François Hollande. Entre elas, a aprovação da lei que autoriza o casamento e a possibilidade de adopção de filhos por parte de casais homossexuais. Em número que oscila entre 80 mil, segundo a polícia, e 500 mil, segundo os organizadores, os franceses marcharam com o lema “Família, educação, solidariedade, dignidade”.

Os manifestantes foram reunidos pelo movimento “La manif pour tous” (A manifestação para todos), que, no ano passado, levou às ruas aproximadamente um milhão de pessoas para protestar contra os projectos dessas mesma leis, hoje agrupados na “lei Taubira”.

Entre os manifestantes há desde sectores conservadores católicos até muçulmanos, judeus, associações laicas e até mesmo associações homossexuais que não concordam nem com o casamento nem com as adopções por parte de homossexuais.

Em grande número, os pais e mães franceses se uniram à marcha. Nos últimos dias, eles não levaram os filhos à escola porque decidiram boicotar uma matéria experimental sobre a “teoria de género”, denominada “ABCD da Igualdade” e imposta pelo Ministério da Educação do país.

O boicote às escolas teve grande adesão. Segundo a media local, alguns colégios viram um terço dos alunos ficarem em casa e outros tiveram até 50% dos alunos ausentes das aulas.

O ministro francês da Educação, Vincent Peillon, viu-se obrigado na última terça-feira a declarar que “as escolas francesas não ensinam a homossexualidade às crianças”.

Os manifestantes lamentam também a aprovação do aborto pela Câmara de Deputados e destacam o perigo de que o próximo passo seja a reprodução assistida para lésbicas e o uso de “barrigas de aluguer”, projectos que devem ser propostos ao parlamento em Abril.

Esta marcha acontece uma semana depois dos protestos contra o governo de Hollande que deixaram 19 policiais feridos e mais de 200 cidadãos presos. O ministro do Interior, Manuel Valls, declarou: “Não toleraremos nenhum excesso violento, nenhum ataque contra a polícia”.

“Não houve violência nenhuma”, disseram os porta-vozes de “La Manif pour Tous”, reiterando que não se trata de uma questão política, mas de princípios universais.

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