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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Um dia 13 em pleno

O processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia, vidente de Fátima, conheceu um novo desenvolvimento, com a entrega, no Vaticano, do documento sobre as “virtudes heroicas” da religiosa.

A informação foi partilhada aos peregrinos no final da Missa do 13 de outubro, pelo reitor da instituição, padre Carlos Cabecinhas, que falou num “motivo de alegria”, tendo o anúncio sido saudado pelos peregrinos presentes no santuário com uma salva de palmas.

A irmã Ângela Coelho, vice-postuladora da Causa de Canonização da Irmã Lúcia, disse ter sido com “sensação de dever cumprido” e “enorme alegria” que entregou o documento sobre as “virtudes heroicas” da religiosa, num “dia tão importante”.

O documento entregue contém a biografia da Irmã Lúcia feita a partir dos documentos recolhidos na fase diocesana do processo (que decorreu na Diocese de Coimbra entre 2008-2017); a ‘Informatio’, que descreve as virtudes vividas pela Irmã Lúcia, bem como, o elenco dos depoimentos das testemunhas, o seu Diário e outros documentos inéditos, “considerados relevantes no processo”.

“O maior desafio foi captar quem era a irmã Lúcia na sua espiritualidade, mesmo no seu diário não conta tudo o que sentiu e experimentou e tivemos de ir descobrindo, por entre as linhas, aquele fio condutor que nos dá acesso à santidade de Lúcia de Jesus”, conta a vice-postuladora.

O bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, que presidiu à peregrinação, convidou os peregrinos presentes na Cova da Iria a ir ao encontro das “periferias sociais” e dos excluídos, falando na Missa conclusiva das celebrações do 13 de outubro.

O responsável católico destacou que um cristão “não é limitado por nenhuma ideologia nacional”, pelo que deve “exprimir o amor de Deus em gestos que se tornam compreensíveis em todas as línguas e em todas as culturas”.

Na noite de 12, o bispo de Leiria-Fátima lembrou as mães ucranianas e afirmou que é necessário “mudar atitudes e procedimentos” na Igreja e na sociedade para que os frágeis não sejam “esquecidos ou, pior ainda, abusados e explorados”.

Na homilia da Vigília da Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de outubro ao Santuário de Fátima, D. José Ornelas evocou o exemplo de Maria para sublinhar que são precisos “corações maternos” que garantam “condições de justiça e de dignidade para todos”.

“Todos nos esforçamos por mudar atitudes e procedimentos, na Igreja e na sociedade, a fim de que as crianças e aqueles que se encontram em situações de fragilidade não sejam esquecidos ou, pior ainda, não sejam abusados e explorados, mas possam encontrar corações e atitudes maternas e fortes como as de Maria, que protegem, amparam e lutam, para que este mundo possa oferecer condições de justiça e de dignidade para todos, sob o olhar materno de Maria”, afirmou.

O núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, afirmou, numa entrevista ao jornal ‘Mensageiro de Bragança’, que a nomeação de um bispo é “um processo muito longo e detalhado”.

“Mais do que olhar para o calendário para ver quantos dias passaram ou quantos vão passar ainda, devem preocupar-se em rezar muito, sabendo que da parte da Nunciatura e de todos os que participam neste processo, que é muito longo e detalhado, se fazem todos os possíveis para que possa chegar o quanto antes, mas às vezes os processos e as circunstâncias não permitem proceder com aquela rapidez que alguns esperariam”, realçou D. Ivo Scapolo, na última edição do semanário da Diocese de Bragança-Miranda, publicada hoje.

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Lígia Silveira

 


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