O processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia,
vidente de Fátima, conheceu um novo desenvolvimento, com a entrega, no
Vaticano, do documento sobre as “virtudes heroicas” da religiosa. A informação foi partilhada
aos peregrinos no final da Missa do 13 de outubro, pelo reitor da
instituição, padre Carlos Cabecinhas, que falou num “motivo de alegria”,
tendo o anúncio
sido saudado pelos peregrinos presentes no santuário com uma salva de palmas. A irmã Ângela Coelho,
vice-postuladora da Causa de Canonização da Irmã Lúcia, disse
ter sido com “sensação de dever cumprido” e “enorme alegria” que entregou o
documento sobre as “virtudes heroicas” da religiosa, num “dia tão
importante”. O documento entregue
contém a biografia da Irmã Lúcia feita a partir dos documentos recolhidos na
fase diocesana do processo (que decorreu na Diocese de Coimbra entre
2008-2017); a ‘Informatio’, que descreve as virtudes vividas pela Irmã Lúcia,
bem como, o elenco dos depoimentos das testemunhas, o seu Diário e outros
documentos inéditos, “considerados relevantes no processo”. “O maior desafio foi
captar quem era a irmã Lúcia na sua espiritualidade, mesmo no seu diário não
conta tudo o que sentiu e experimentou e tivemos de ir descobrindo, por entre
as linhas, aquele fio condutor que nos dá acesso à santidade de Lúcia de
Jesus”, conta a vice-postuladora. O bispo de
Leiria-Fátima, D. José Ornelas, que presidiu à peregrinação, convidou
os peregrinos presentes na Cova da Iria a ir ao encontro das “periferias
sociais” e dos excluídos, falando na Missa conclusiva das celebrações do 13
de outubro. O responsável
católico destacou que um cristão “não é limitado por nenhuma ideologia
nacional”, pelo que deve “exprimir o amor de Deus em gestos que se tornam
compreensíveis em todas as línguas e em todas as culturas”. Na noite de 12, o
bispo de Leiria-Fátima lembrou as mães ucranianas e afirmou
que é necessário “mudar atitudes e procedimentos” na Igreja e na sociedade
para que os frágeis não sejam “esquecidos ou, pior ainda, abusados e
explorados”. Na homilia da Vigília
da Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de outubro ao Santuário
de Fátima, D. José Ornelas evocou o exemplo de Maria para sublinhar que são
precisos “corações maternos” que garantam “condições de justiça e de
dignidade para todos”. “Todos nos esforçamos
por mudar atitudes e procedimentos, na Igreja e na sociedade, a fim de que as
crianças e aqueles que se encontram em situações de fragilidade não sejam
esquecidos ou, pior ainda, não sejam abusados e explorados, mas possam
encontrar corações e atitudes maternas e fortes como as de Maria, que
protegem, amparam e lutam, para que este mundo possa oferecer condições de justiça
e de dignidade para todos, sob o olhar materno de Maria”, afirmou. O núncio apostólico
em Portugal, D. Ivo Scapolo, afirmou,
numa entrevista ao jornal ‘Mensageiro de Bragança’, que a nomeação de um
bispo é “um processo muito longo e detalhado”. “Mais do que olhar
para o calendário para ver quantos dias passaram ou quantos vão passar ainda,
devem preocupar-se em rezar muito, sabendo que da parte da Nunciatura e de
todos os que participam neste processo, que é muito longo e detalhado, se
fazem todos os possíveis para que possa chegar o quanto antes, mas às vezes
os processos e as circunstâncias não permitem proceder com aquela rapidez que
alguns esperariam”, realçou D. Ivo Scapolo, na última edição do semanário da
Diocese de Bragança-Miranda, publicada hoje. Mas há mais para ler,
ver e ouvir em agencia.ecclesia.pt Encontramo-nos lá? |
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
Um dia 13 em pleno
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