Novo documento do Sínodo 2022-2023
“Estamos verdadeiramente espantados com as maravilhas que Deus está a realizar na sua Igreja”, reconheceu o secretário-geral do Sínodo, cardeal Mario Grech, resumindo o sentimento vivido pelas cinco dezenas de participantes reunidos em Frascati (arredores de Roma) durante 12 dias para redigirem, a partir de 112 sínteses nacionais vindas de todo o mundo, o documento para a fase continental do Sínodo 2020-2023.
O cardeal Grech falava no domingo, 2 de outubro, durante a audiência privada que o Papa Francisco concedeu aos “especialistas de Frascati” e em que lhe foi entregue a proposta de documento que depois de aprovada será enviada a todos os bispos como um “ato de restituição ao povo de Deus” do discernimento realizado. O documento, que dará início à fase continental do sínodo sobre a sinodalidade deverá ser divulgado dentro de 15 dias, de acordo com um comunicado de imprensa enviado pela Secretaria-Geral do Sínodo ao 7MARGENS.
Vivemos, disse Grech, “uma experiência eclesial única e extraordinária que nos fez conhecer a riqueza dos frutos que o Espírito está a produzir no povo santo de Deus”. “Depois de tantos dias sentados para melhor concretizar uma longa e paciente escuta das vozes do Povo de Deus, caminhar novamente junto com nossos irmãos e irmãs é uma alegria multiplicada” – concluiu o cardeal.
Em Frascati, os participantes procuraram realizar “um discernimento comunitário através do método da conversação espiritual, como foi experimentado por numerosos grupos na primeira etapa do processo sinodal”. Através de momentos de escuta e de diálogo, em plenário ou em grupos de trabalho de cariz geográfico, status eclesial, ou género, identificaram primeiro as tensões geradas, à medida que surgiram nas sínteses nacionais, para depois chegar à redação do documento. Este conheceu uma primeira e depois uma segunda versão tendo ambas sido objeto de leituras cruzadas, discussões e correções.
O grupo de 50 redatores era composto por bispos e padres, religiosos e leigos de ambos os sexos e a partir de 30 de setembro contou com a presença dos membros do XV Conselho Ordinário do Sínodo dos Bispos. O Documento da Etapa Continental, produzido simultaneamente em italiano e inglês, foi depois aprovado pelo Conselho do Sínodo e entregue ao Papa Francisco.
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