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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Chega de nos calarmos…

É mesmo isto que temos de gritar à boca cheia:  Chega de nos calarmos, para não ter fama de fundamentalistas, incapazes de acompanhar a evolução dos tempos.

Os que erram não têm vergonha na cara, somos nós que a temos por eles e talvez erradamente nos calemos vezes demais, não exercendo a nossa liberdade de expressão para manifestar, sem agressividade, aquilo que nos vai na mente. Será pelo risco de sermos catalogados de homofóbicos ou de outros palavrões do estilo?

Gostaria de poder dizer, antes de mais, a quantos sentem necessidade de agredir para se defenderem pela sua opção de vida, que são filhos de Deus e, consequentemente, não os odeio, não os excluo, porque são amados pelo Criador e todos somos ou podemos ser irmãos em Cristo.

Na verdade ninguém nasce com corpo mas sem espírito, somos essa dualidade pela qual não somos, nem podíamos ser nós os responsáveis…

Alguém se sente capaz de dizer que pode "criar" do nada, que não é o mesmo que manipular geneticamente  a partir da vida? Deus é o Criador, é nosso Pai e cria-nos com uma missão que dá sentido à nossa vida.

Se alguma coisa é indiscutível, é o facto de que a vida não dura sempre e a nossa missão tem um prazo limite para ser por nós vivida.

Vale a pena pensar se estamos a viver a vida não perdendo de vista a missão que nos cabe e que ouviremos no nosso espírito se, com paz, fizermos silêncio em nós para podermos ouvir o projeto que Deus sonhou e sonha para cada um de nós...

Muitos perguntam o que vai tanta gente fazer a Fátima com relativa frequência? Serão loucos, ignorantes, ou inteligentes?

Eu diria que são desesperados, sedentos de uma resposta de Amor, de ajuda para resolver os seus males. Se estão desesperados será pela procura de  silêncio, para poderem entender o que Deus quer deles… E perguntam-no a uma Mãe. Quem melhor que uma mãe para ajudar os seus filhos? E a Fé incondicional em Maria dá respostas, se lhas pedirmos, mais, intercede por nós, junto de Deus, Criador e Pai.

Assim, sem nos acharmos loucos nem homofóbicos, aprendemos a linguagem do Amor, que não aceita o que está errado, mas é capaz de amar quem erra, sem o condenar, porque só Deus sabe e pode julgar.

Como seria esplêndido se muitos tentassem fazer essa experiência, verdadeiramente radical. Talvez encontrassem respostas que não esperavam e partissem do Santuário com a  paz que todas as pessoas de boa vontade dizem sentir quando lá vão.

Vale a pena tentar descobrir a linguagem do Amor. E eu acrescentaria: a linguagem da evolução espiritual, sempre possível.

Rosário Sarmento
(mãe e professora)







1 comentário:

  1. Um texto oportuno para estabelecermos corretamente as pontes devidas, com quem intercepta o amor, a liberdade e a boa relação entre os Homens.Não deixemos que interceptem o tocar dos sinos de uma Igreja.....

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