É mesmo
isto que temos de gritar à boca cheia: Chega de nos calarmos, para não
ter fama de fundamentalistas, incapazes de acompanhar a evolução dos tempos.
Os que
erram não têm vergonha na cara, somos nós que a temos por eles e talvez
erradamente nos calemos vezes demais, não exercendo a nossa liberdade de
expressão para manifestar, sem agressividade, aquilo que nos vai na mente. Será
pelo risco de sermos catalogados de homofóbicos ou de outros
palavrões do estilo?
Gostaria
de poder dizer, antes de mais, a quantos sentem necessidade de agredir para se
defenderem pela sua opção de vida, que são filhos de Deus e, consequentemente,
não os odeio, não os excluo, porque são amados pelo Criador e todos somos ou
podemos ser irmãos em Cristo.
Na
verdade ninguém nasce com corpo mas sem espírito, somos essa dualidade pela
qual não somos, nem podíamos ser nós os responsáveis…
Alguém
se sente capaz de dizer que pode "criar" do nada, que não é
o mesmo que manipular geneticamente a partir da vida? Deus é o
Criador, é nosso Pai e cria-nos com uma missão que dá sentido à nossa vida.
Se
alguma coisa é indiscutível, é o facto de que a vida não dura sempre e a nossa
missão tem um prazo limite para ser por nós vivida.
Vale a
pena pensar se estamos a viver a vida não perdendo de vista a missão que nos
cabe e que ouviremos no nosso espírito se, com paz, fizermos silêncio em nós
para podermos ouvir o projeto que Deus sonhou e sonha para cada um de nós...
Muitos
perguntam o que vai tanta gente fazer a Fátima com relativa frequência? Serão
loucos, ignorantes, ou inteligentes?
Eu
diria que são desesperados, sedentos de uma resposta de Amor, de ajuda para
resolver os seus males. Se estão desesperados será pela procura de
silêncio, para poderem entender o que Deus quer deles… E perguntam-no a uma
Mãe. Quem melhor que uma mãe para ajudar os seus filhos? E a Fé incondicional
em Maria dá respostas, se lhas pedirmos, mais, intercede por nós, junto de
Deus, Criador e Pai.
Assim,
sem nos acharmos loucos nem homofóbicos, aprendemos a linguagem do Amor, que
não aceita o que está errado, mas é capaz de amar quem erra, sem o condenar,
porque só Deus sabe e pode julgar.
Como
seria esplêndido se muitos tentassem fazer essa experiência, verdadeiramente
radical. Talvez encontrassem respostas que não esperavam e partissem do
Santuário com a paz que todas as pessoas de boa vontade dizem sentir
quando lá vão.
Vale a pena tentar descobrir a linguagem do Amor. E
eu acrescentaria: a linguagem da evolução espiritual, sempre possível.
Rosário Sarmento
(mãe e professora)
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Um texto oportuno para estabelecermos corretamente as pontes devidas, com quem intercepta o amor, a liberdade e a boa relação entre os Homens.Não deixemos que interceptem o tocar dos sinos de uma Igreja.....
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