Na Audiência Geral, o Santo Padre refletiu sobre como viver o perdão na família
Roma,
04 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Rocío Lancho García
Milhares de fiéis receberam o Santo Padre na Praça de São Pedro,
como todas as manhãs de quarta-feira, para a Audiência Geral. Bandeiras
de diversos países, faixas com mensagens de carinho e lenços coloridos
de diferentes grupos animavam a praça, ao som das vozes que gritavam
"Francisco, Francisco", enquanto o Santo Padre percorria o trajeto usual
a bordo do papa-móvel. Como de costume, Francisco parou para beijar as
crianças que se aproximavam dele nas fileiras da frente.
Na catequese desta semana, o Santo Padre continuou sua reflexão sobre
a família, hoje em particular, falou sobre o dom do perdão recíproco.
No resumo em português, o Papa destacou que gostaria de falar da família
“como dum grande ginásio, onde se treina para o dom e o perdão
recíproco”.
Ele explicou que “não se pode viver sem nos perdoarmos, ou pelo menos
não se pode viver bem, especialmente em família”, destacando ainda que
no dia-a-dia, “não faltam ocasiões em que nos portamos mal e somos
injustos com os outros”. Então o que temos de fazer é “procurar
imediatamente curar as feridas que causamos”.
Para o Papa Francisco “se adiarmos demasiado, tudo se torna mais
difícil”, mas se, pelo contrário, “aprendermos a pedir logo desculpa e a
perdoar-nos mutuamente, curam-se a feridas, revigora-se o matrimónio e a
família torna-se uma casa cada vez mais sólida que resiste aos abalos
das nossas pequenas e grandes maldades”.
“Muitos pensam e dizem que o dom e o perdão são palavras bonitas, mas
impossíveis de pôr em prática – continuou Francisco - Graças a Deus,
não é assim! Na verdade, é recebendo o perdão de Deus que somos capazes
de, por nossa vez, perdoar aos outros”. Por isso, o Papa recordou que
“Jesus nos faz repetir estas palavras todos os dias, quando rezamos o
Pai-Nosso”.
“É indispensável que, na nossa sociedade por vezes desalmada, haja
lugares, como a família, onde seja possível aprender a perdoar-nos uns
aos outros”, afirmou ele, reiterando que “verdadeiramente as famílias
cristãs podem ajudar muito a sociedade atual e a própria Igreja”.
Por fim, Francisco desejou que, “no Jubileu da Misericórdia, as
famílias descubram, de maneira nova e mais profunda, o tesouro do perdão
recíproco”.
Aos peregrinos de língua portuguesa, o Papa dirigiu a seguinte
saudação: “Com cordial afeto, saúdo todos os peregrinos de língua
portuguesa, em particular o grupo brasileiro de Mogi das Cruzes. O
Senhor vos abençoe, para serdes em toda a parte farol de luz do
Evangelho para todos. Possa esta peregrinação fortalecer nos vossos
corações o sentir e o viver com a Igreja. Nossa Senhora acompanhe e
proteja a vós todos e aos vossos entes queridos”.
Após o resumo da catequese em várias línguas, o Santo Padre Francisco
dedicou algumas palavras aos jovens, aos doentes e aos recém-casados.
Ele lembrou que ontem a Igreja celebrou a memória de São Martinho de Porres.
Por isso, pediu que sua grande caridade fosse um exemplo aos queridos
jovens, para que vivam a vida como um dom; desejou que "seu abandono em
Cristo o Salvador “sustente os queridos doentes nos momentos mais
difíceis de sofrimento", e que seu vigor espiritual dê força aos
queridos recém-casados, em seu caminho conjugal".
(04 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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