Esta devoção que surgiu após as
aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré não cessa de
derramar bênçãos, como ela disse que aconteceria com todos os que
levassem com confiança a medalha no pescoço
Madrid,
27 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Dra. Isabel Orellana Vilches
Pela segunda vez esta seção de ZENIT dedica um espaço exclusivo a
Maria. Nesta ocasião para exaltar a Medalha Milagrosa, no dia de sua
festa, que desperta tanta devoção em todo o mundo. Como é bem conhecida,
sua origem se deu nas aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina
Labouré, e nas instruções que ela lhe deu. O bem reportado desde que
começou a ser difundida é imensurável, levou a numerosas conversões.
Eventos extraordinários aconteceram na capela da casa mãe em Paris
das Filhas da Caridade, Comunidade a qual Catarina pertencia, localizada
na rue du Bac 140, e na qual ela ingressou em 21 de Abril 1830. Neste
mesmo ano começou a receber as graças de Maria, era uma noviça feliz,
que teve a graça de participar da solene trasladação das relíquias de
seu fundador, São Vicente de Paulo, que se encontravam em Notre Dame e
foram recebidas pelos Padres Vicentinos na capela da rua Sèvres. Ele, em
um sonho, ajudou Catarina a esclarecer a sua vocação num momento
incerto sobre a ordem em que deveria entrar, embora nunca tivesse visto
sua efígie.
Já nos primeiros meses de noviciado, suas superioras apreciaram sua
piedade que sobressaia em meio a uma inteligência não particularmente
brilhante, fazendo-a passar despercebida. À sua prudência e discrição
acompanhavam muitos traços de virtude, aliados ao desejo de cumprir a
vontade de Nossa Senhora que não queria que a notícia de suas aparições
fosse revelada naquele momento. Catarina confidenciou apenas ao seu
confessor, o Padre Aladel. A primeira ocorreu em 18 de Julho de 1830,
enquanto a comunidade rezava, e foi narrada pela religiosa quando o
sacerdote faleceu, muitos anos depois. Ela também sobreviveu apenas
alguns meses.
Antes que as aparições ocorressem, Catarina já tinha sido agraciada
com diferentes aparições, além de ver o seu fundador, viu Cristo
presente no Santíssimo Sacramento e como "Rei crucificado". Mas ela
ansiava viver a graça da aparição de Maria, que tinha solicitado por
meio de seu fundador. Então, em 1830, quase meia-noite, enquanto estava
em sua cama ouviu alguém chamando seu nome. Era uma criança vestida de
branco, quatro ou cinco anos, que lhe disse que a Virgem estava
esperando por ela na capela. Ao entrar, ouviu o barulho de um tecido
delicado. A criança misteriosa fez a apresentação: "Eis a Virgem
Santíssima", ela acolheu com certo espanto, de modo que a criança teve
que repetir essas palavras.
Sem deixar o espanto, a jovem correu para dobrar os joelhos diante da
Virgem que a aguardava sentada em uma poltrona ao lado do altar. Ela
teve a imensa graça de descansar as mãos no colo da Mãe do céu e de
passar o que ela chamou de momento mais feliz de sua vida: "Seria
impossível dizer o que eu experimentei. A Virgem disse-me como devo me
comportar com meu confessor e várias outras coisas”. Maria avisou que
Deus confiaria a ela uma missão que iria causar problemas, embora fosse
para a glória do Altíssimo. Nessa primeira aparição confiou-lhe a
fundação da fraternidade das Filhas de Maria, solicitação cumprida pelo
Padre Aladel em 1840.
Em 27 de novembro do mesmo ano, 1830, às 17:30 h, ela estava em
oração na capela, e novamente viu a Virgem Maria vestida de branco em
duas cenas interligadas. Em uma delas, a contemplou em um globo dourado
encimado com uma cruz; sob seus pés uma cobra esmagada. Ela disse: "Este
círculo representa o mundo todo, a França e cada pessoa em particular".
Na segunda, Catarina observou que das suas mãos abertas, cujos dedos
carregavam anéis revestidos de belíssimas pedras preciosas, eram
lançados raios brilhantes de que se espalhavam por toda parte. A Virgem
disse: "Estes raios simbolizam as graças que eu derramo sobre as
pessoas". Em seguida, Catarina viu surgir um quadro em torno de Maria,
um pouco oval, com a seguinte inscrição em letras douradas: "Oh Maria
concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!". Uma voz se
fez ouvir: “fazei cunhar uma medalha neste modelo. Todos os que a
usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”.
Ao contemplar o reverso da medalha de Nossa Senhora, percebeu o
monograma composto por uma cruz sobre a letra "M", inicial de Maria; em
baixo, dois corações, um coroado de espinhos e outro trespassado por um
gládio, símbolo dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Em dezembro do
mesmo ano, novamente enquanto rezava, mas desta vez atrás do altar, viu o
quadro da medalha. Foi a última vez que houve essa aparição: "Estes
raios simbolizam as graças que a Santíssima Virgem derramará sobre as
pessoas que pedirem... De agora em diante não me verá novamente".
Como previsto por Maria, as provas chegaram rapidamente. Seu
confessor, o Padre Aladel, foi o primeiro a não acreditar nela
aconselhando-a a esquecer. Mas o tempo passou e o clamor interno para
que o pedido fosse cumprido persistia. O arcebispo de Paris, Dom Quélen,
acompanhou o processo e reconheceu a autenticidade dos fatos. Padre
Aladel cunhou a medalha, embora faltando alguns detalhes. Na epidemia de
cólera em 1832 a propagação da mesma realizou muitos milagres e
conversões. Em 1846 o Papa Gregório XVI confirmou a veracidade das
aparições. Catarina morreu no dia 31 de dezembro de 1876.
(27 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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