Um ‘artista’ utilizou 240
hóstias consagradas para a sua ‘obra de arte’. O arcebispo de Pamplona
disse: ‘Profanação gravíssima que ofende a fé, sentimentos e prejudica a
liberdade religiosa’
O Arcebispo de Pamplona e bispo de Tudela, Francisco
Perez, convocou para esta quarta-feira duas missas de reparação em
resposta à exposição sacrilégia “Desenterrados” do artista Abel Azcona,
que utilizou mais de 240 hóstias consagradas para escrever a palavra
“pederastia” em um projeto denominado “Amém”.
A manifestação que o autor define de ‘artística’ foi inaugurada na
sexta-feira passada na Sala de Exposições da Praça Serapio Esparza da
capital navarra, um local propriedade do arquidiocese que, no anos 90,
foi cedido à cidade de Pamplona.
Em um comunicado, o Arcebispo metropolitano “informa e convoca todos à
santa missa de reparação que será celebrada na quarta-feira, 25 de
novembro, às 19hs, nas Catedrais de Pamplona e de Tudela”.
Além disso, a arquidiocese disse em sua nota que esta exposição “é
uma grave profanação da Eucaristia, um fato que ofende profundamente a
fé e os sentimentos Católicos e viola a liberdade religiosa".
Por esta razão, expressou "sua forte condenação destes acontecimentos
dolorosos, que constituem um ataque contra a fé da comunidade católica,
dos fieis desta arquidiocese e de todos os católicos”.
Também explicou que "um católico que cometesse um ato semelhante
incorreria na excomunhão imediata reservada à Sé Apostólica, como
indicado no Código de Direito Canónico", que afirma que "quem joga fora
as espécies consagradas, ou as leva consigo ou conserva para um
propósito sacrilégio, incorre em excomunhão latae sentenciae, reservada à
Sé Apostólica".
Finalmente, Mons. Francisco Pérez agradeceu a todos os fiéis
diocesanos e de outros lugares pelas "suas manifestações perante o ato
de profanação feito".
Como garantiu o próprio Abel Azcona, para realizar o projeto “amém” o
artista teria participado de 242 celebrações eucarísticas em Pamplona e
Madrid. Em todas elas, se aproximava para comungar e guardava o pão
consagrado sem ser visto.
Em algumas fotografias, Azcona aparece escrevendo a palavra
"pedofilia" com as hóstias consagradas no chão de uma galeria de arte, e
com o seu corpo nu na composição, como parte da performance.
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