Missões a serviço de crianças de rua e pessoas com aids, ajudando-as a se libertar da fome, da violência e da exclusão social
Nápoles,
18 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Histórias de vidas transformadas por um olhar e que transformam
quem as olha: a experiência do apoio à distância promovido pela Fundação
AVSI esteve no foco do encontro-testemunho “A beleza que vem das
periferias: histórias do Quénia”, realizado nesta segunda-feira na
igreja de Santa Maria di Donnaromita, em Nápoles, com Antonino Maiuri,
coordenador do projeto no país africano.
Italiano, pós-graduado em economia e comércio com uma tese sobre as organizações sem fins lucrativos, Masuri trabalha há nove anos em um projeto financiado pelo governo dos EUA para ajudar crianças quenianas com aids. "A adoção à distância lhes permite o acesso a serviços básicos: escola, comida, atendimento médico. Mas a nossa tarefa é, acima de tudo, dar esperança para elas".
"Um olhar como este é o que me ajuda, porque me lembra das coisas essenciais. Para aqueles que trabalham lá, é impossível se acostumar com a degradação e a pobreza em que essas crianças vivem: não comem, são espancadas, muitas delas têm aids e, no entanto, elas têm uma alegria de viver que é contagiante".
A oportunidade de estudar se torna uma oportunidade de renascer. "Não é por acaso que, nas fotos com os uniformes, eles parecem tão felizes: para eles, é quase sempre o único ‘traje’ que eles têm. E isso já os educa para a beleza. Na entrada das nossas escolas, colocamos um espelho: ao se olharem, as crianças se reconhecem e começam um percurso por dentro de si próprias. Eu sempre digo aos nossos educadores quando eles ficam desanimados da possibilidade de ajudá-los: basta responder às suas necessidades; eles vão ver a diferença. E quando eu os vejo crescidos, na universidade, limpos e felizes, aquilo é maravilhoso: significa que tudo o que eles sofreram, a fome, a violência, a prostituição, não matou o desejo deles de felicidade".
O processo educativo é muitas vezes difícil, em especial para os que vivem as realidades mais difíceis. "Tentamos salvar as meninas do estupro, de quem quer vendê-las como esposas numa idade precoce, ou cuidar delas depois de terem sofrido essas práticas horríveis. Eu posso dizer a elas: ‘Você é maior, porque Jesus olha para você, e para mim, do jeito que nós somos’. Jesus é o maior fator de desenvolvimento, porque o olhar dele faz os pobres também recuperarem a dignidade".
Para ajudar as crianças, disse Masuri, é crucial educar os adultos que cuidam delas. "Em nossas escolas, formamos com base no ‘Risco educativo’, de dom Luigi Giussani, deixando sempre claro para os alunos que o valor deles está neles mesmos, não nas notas, como a escola pública queniana impõe, inclusive com punições físicas".
Grandes resultados também estão sendo obtidos com os cursos profissionalizantes dedicados aos pais. "É importante prestar assistência a essas pessoas no país delas. Se fizermos coisas boas, mas sem trabalhar com o povo, será inútil. Essas pessoas precisam sair das favelas com suas próprias pernas: o assistencialismo realmente não serve".
Italiano, pós-graduado em economia e comércio com uma tese sobre as organizações sem fins lucrativos, Masuri trabalha há nove anos em um projeto financiado pelo governo dos EUA para ajudar crianças quenianas com aids. "A adoção à distância lhes permite o acesso a serviços básicos: escola, comida, atendimento médico. Mas a nossa tarefa é, acima de tudo, dar esperança para elas".
"Um olhar como este é o que me ajuda, porque me lembra das coisas essenciais. Para aqueles que trabalham lá, é impossível se acostumar com a degradação e a pobreza em que essas crianças vivem: não comem, são espancadas, muitas delas têm aids e, no entanto, elas têm uma alegria de viver que é contagiante".
A oportunidade de estudar se torna uma oportunidade de renascer. "Não é por acaso que, nas fotos com os uniformes, eles parecem tão felizes: para eles, é quase sempre o único ‘traje’ que eles têm. E isso já os educa para a beleza. Na entrada das nossas escolas, colocamos um espelho: ao se olharem, as crianças se reconhecem e começam um percurso por dentro de si próprias. Eu sempre digo aos nossos educadores quando eles ficam desanimados da possibilidade de ajudá-los: basta responder às suas necessidades; eles vão ver a diferença. E quando eu os vejo crescidos, na universidade, limpos e felizes, aquilo é maravilhoso: significa que tudo o que eles sofreram, a fome, a violência, a prostituição, não matou o desejo deles de felicidade".
O processo educativo é muitas vezes difícil, em especial para os que vivem as realidades mais difíceis. "Tentamos salvar as meninas do estupro, de quem quer vendê-las como esposas numa idade precoce, ou cuidar delas depois de terem sofrido essas práticas horríveis. Eu posso dizer a elas: ‘Você é maior, porque Jesus olha para você, e para mim, do jeito que nós somos’. Jesus é o maior fator de desenvolvimento, porque o olhar dele faz os pobres também recuperarem a dignidade".
Para ajudar as crianças, disse Masuri, é crucial educar os adultos que cuidam delas. "Em nossas escolas, formamos com base no ‘Risco educativo’, de dom Luigi Giussani, deixando sempre claro para os alunos que o valor deles está neles mesmos, não nas notas, como a escola pública queniana impõe, inclusive com punições físicas".
Grandes resultados também estão sendo obtidos com os cursos profissionalizantes dedicados aos pais. "É importante prestar assistência a essas pessoas no país delas. Se fizermos coisas boas, mas sem trabalhar com o povo, será inútil. Essas pessoas precisam sair das favelas com suas próprias pernas: o assistencialismo realmente não serve".
(18 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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