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Bispo incentiva à educação para os «valores»
Beja, 24 nov 2015 (Ecclesia) – O bispo de Beja incentivou a uma educação para os valores, “aberta à transcendência, à relação com os outros e com a natureza”, e pede o fim de “experimentalismos” governativos.
“A educação não pode ser apenas para o conhecimento, mas para o coração, os afetos, os sentimentos e a ação”, escreve D. António Vitalino na sua reflexão semanal, enviada à Agência ECCLESIA.
Neste contexto, o bispo de Beja considera que os governos “devem estar abertos e apoiar” as experiências educativas deste âmbito ao contrário de querer “prescrever um único tipo de escola” que “muda conforme as mudanças dos partidos no governo”.
“Basta de experimentalismos e deixemos que a sociedade civil com a família, avance e possa transmitir os valores em que acredita”, acrescenta no ponto ‘educar para um humanismo cristão’.
Segundo D. António Vitalino, um sistema educativo fechado, “neopositivista, sem abertura à transcendência”, que não toca o coração, os comportamentos e as relações fundamentais da pessoa “fecha o homem em si mesmo” e não educa para o verdadeiro humanismo e, para além de “génios” também produz “monstros”.
O responsável destaca que a “educação para a fé” e a sua explicitação religiosa ajuda a fazer crescer a pessoa na “verdade do seu ser” e a desenvolver a sociedade nas suas múltiplas relações, “construindo a paz na verdade, na justiça, na igualdade, na fraternidade”.
O bispo diocesano identifica situações com as quais não se pode “pactuar ou praticar apenas as obras de misericórdia corporais”, como: “Campos de refugiados; desemprego prolongada; fome; condições sub-humanas de vida”.
Para o prelado estes “não são ambientes” propícios para a construção da paz mundial e apela ao despertar das pessoas para a “sua dignidade” que se realiza, mais uma vez, nas múltiplas relações e no sentido de “pertença a uma única humanidade”.
CB/OC
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