Algumas pessoas simplesmente não toleram as crenças cristãs?
Sydney,
20 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Explicar os ensinamentos da Igreja Católica sobre o casamento é uma
ação que agora corre o risco de ser categorizada como contra a
legislação Anti-Discriminação.
Esta é a experiência do arcebispo Julian Porteous. Hobart, capital do
estado australiano da Tasmânia, foi um dos lugares onde a Igreja
distribuiu um panfleto intitulado "Não brinque com o Casamento",
produzido pela Conferência Episcopal Australiana. O panfleto apresenta o
ensinamento tradicional sobre o casamento.
Dom Porteous foi acusado pelo candidato político Martine Delaney de
violar a Lei Anti-Discriminação da Tasmânia fazendo circular o panfleto
aos pais dos alunos de escolas católicas.
O comissário Anti-Discriminação Robin Banks disse que o assunto deve
ser levado em consideração e que a conciliação era "improvável" para
resolver o problema, porque "levanta questões de importância pública",
relatou um jornal australiano dia 13 de novembro.
Posteriormente, Delaney pediu uma conciliação sobre o assunto. Além
disso, em um comunicado divulgado esta semana Delaney disse: "Apoio
incondicionalmente o direito da Igreja Católica de se opor a igualdade
no casamento, e tem por direito expressar sua oposição".
A alternativa a um processo de conciliação é uma investigação, que
pode durar vários meses, envolvendo observações por escrito e
declarações.
O Arcebispo Porteous disse que seu objetivo na distribuição do
folheto na Tasmânia era ajudar a comunidade católica a compreender a
doutrina da Igreja Católica, “num período em que o debate [sobre o
casamento] foi propagado dentro da comunidade”.
"Nunca foi a intenção do documento ou a minha causar de alguma forma
desconforto para as pessoas", disse ele em um comunicado divulgado pela
Arquidiocese de Hobart.
O movimento para a conciliação segue fortes protestos contra a ação
inicial feita por Delaney. Dom Anthony Fisher de Sydney disse que a
tentativa de silenciar a Igreja sobre a questão do casamento foi
"surpreendente e verdadeiramente alarmante", em comunicado divulgado dia
13 de novembro.
"Leitores imparciais da declaração dos bispos sobre o casamento
consideram que foi uma declaração cuidadosamente redigida e, na verdade
compassiva, não foi concebida para provocar ou machucar ninguém. A
campanha que tem seguido a publicação sugere que algumas pessoas
simplesmente não toleram as crenças cristãs, realizadas por qualquer
pessoa, faladas por qualquer pessoa, influenciando alguém", explicou o
Arcebispo Fisher.
O Australian Christian Lobby também defendeu o Arcebispo Porteous.
"Tendo alcançado a igualdade completa dos casais há alguns anos,
ativistas políticos do mesmo sexo em sua busca para reivindicar a
palavra "casamento" querem punir legalmente qualquer um que expresse uma
opinião diferente", disse Lyle Shelton, diretor do Lobby.
(20 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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