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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Papa pede para resistir a práticas que desprezam as mulheres

Homilia na Santa Missa pela Evangelização dos Povos, celebrada no campus da Universidade de Nairobi

Roma, 26 de Novembro de 2015 (ZENIT.org) Rocío Lancho García

No segundo dia de sua viagem ao Quénia, durante a homilia da Santa Missa celebrada na Universidade de Nairobi, o Papa Francisco fez um convite especial aos jovens do Quénia. Ele pediu que “os grandes valores da tradição africana, a sabedoria e a verdade da Palavra de Deus e o idealismo generoso da vossa juventude vos guiem no compromisso de formar uma sociedade que seja cada vez mais justa, inclusiva e respeitadora da dignidade humana”. Da mesma forma, pediu para estarem “atentos as necessidades dos pobres e rejeitarem tudo o que leva a preconceitos e à discriminação”.

Ele recordou que as famílias cristãs têm a missão especial de “irradiar o amor de Deus e difundir a água vivificante do seu Espírito”, especialmente nos dias atuais, “porque assistimos ao crescimento de novos desertos criados por uma cultura de materialismo e indiferença para com os outros”.

Após um encontro ecuménico e inter-religioso, o Santo Padre seguiu para a Universidade de Nairobi para celebrar a Missa. Músicas e danças tradicionais precederam a chegada do Papa nesta Missa pela evangelização dos povos. A chuva não impediu que milhares de pessoas participassem deste momento com o Papa.

Durante a homilia, o Papa Francisco disse que a sociedade queniana “tem sido longamente abençoada com uma vida familiar sólida, um respeito profundo pela sabedoria dos idosos e o amor pelas crianças” e fez notar que a saúde de qualquer sociedade depende da saúde das famílias. Por isso, ele afirmou que “a nossa fé na Palavra de Deus chama-nos a sustentar a missão das famílias na sociedade, a acolher as crianças como uma bênção para o nosso mundo, e a defender a dignidade de cada homem e mulher, pois somos todos irmãos e irmãs na única família humana”.

Ele reiterou que “somos chamados também a resistir a práticas que favorecem a arrogância nos homens, ferem ou desprezam as mulheres e ameaçam a vida dos inocentes nascituros. Somos chamados a respeitar-nos e encorajar-nos uns aos outros, e a aproximar-nos de todos os necessitados”.

Citando o Evangelho do dia, Francisco recordou que Jesus ressuscitado afirma «foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra» para nos lembrar que "Ele mesmo, o filho de Deus, é a rocha” e que Ele espera que “todos construamos a nossa vida sobre o alicerce firme da sua palavra”.

Por isso, Jesus pede a cada um de nós “para sermos discípulos missionários, homens e mulheres que irradiem a verdade, a beleza e a força do Evangelho que transforma a vida”. “Homens e mulheres que sejam canais da graça de Deus – continuou o Santo Padre- que permitam à sua misericórdia, benevolência e verdade tornar-se os elementos de construção duma casa que quer permanecer firme. Uma casa que é um lar, onde irmãos e irmãs vivem, finalmente, em harmonia e respeito mútuo, obedecendo à vontade do verdadeiro Deus, que nos mostrou, em Jesus, o caminho para a liberdade e a paz a que aspiram todos os corações”, concluiu.

Ao final da homilia, o Papa Francisco exclamou: Mungu awabariki! (Deus vos abençoe!). Mungu abariki Kenya! (Deus abençoe o Quénia!)

(26 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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