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Vaticano confirmou: Quénia, Uganda e República Centro-Africana. Começa
na próxima terça-feira e termina no dia 30. Os atentados de Paris não
alteram a viagem
Roma,
19 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Rocío Lancho García
O Papa Francisco realizará do 25 ao 30 de novembro a 11ª viagem
internacional do seu pontificado. Nessa passará por três países
africanos: Quénia, Uganda e República Centro Africana.
Apesar das dúvidas sobre a última etapa da viagem, devido à forte
onda de violência recente no país, o padre Federico Lombardi, diretor da
Sala de Imprensa do Vaticano, confirmou que tudo permanece. Assim,
explicou que o comandante da Gendarmaria do Vaticano, Domenico Giani,
precederá o Santo Padre na viagem para verificar as condições de
segurança.
Durante uma conferência de imprensa esta manhã na sala de imprensa do
vaticano, o porta-voz do Vaticano disse aos repórteres que os ataques em
Paris na semana passada, não modificaram ou condicionaram o programa da
viagem pontifícia ao continente africano.
Também indicou que o Santo Padre “quer levar uma mensagem de paz e reconciliação” a um lugar marcado por muitas “violências”.
A primeira viagem de um Pontífice à África foi em 1969, precisamente
Paulo VI a Uganda. O Papa São João Paulo II, durante todo o seu
pontificado, visitou 42 países africanos. Por sua parte, Bento XVI
visitou Camarões em 2009 e Benin em 2011.
Quénia
Repassando as etapas e os encontros que Francisco terá nesses cinco
dias de duração da viagem, recordou que no Quénia, haverá uma visita ao
presidente Uhuru Kenyatta e às autoridades e corpo diplomático do país.
Além disso, haverá um encontro inter-religioso e ecuménico, uma missa no
campus da Universidade de Nairobi, em uma área onde há capacidade para
um milhão de pessoas. Também se reunirá com o clero, religiosos e
seminaristas. Visitará a sede das Nações Unidas, onde estão duas
agências da ONU e lá pronunciará um discurso em espanhol. Finalmente,
irá a Kangemi, uma favela em Nairobi. Em seguida, irá para o Estádio
Kasarani para se encontrar com os jovens, onde está previsto um
testemunho de sobreviventes do massacre no campus da Garissa. O último
encontro no Quénia será, em privado, com os bispos da nação.
Uganda
A segunda etapa da tournée Africana é Uganda. Primeiro, ele se reunirá
com o presidente Yoweri Museveni, que governa há 30 anos. Sobre a visita
a este país, o Pe. Federico Lombardi sublinhou que terá muita
importância o tema dos mártires ugandeses. O Santo Padre visitará
Munyonyo, onde foram condenados a morte estes mártires católicos e
anglicanos. Seguindo com a temática dos mártires, o Papa irá também ao
santuário dedicado a eles, depois de celebrar a missa no sábado, 28 de
novembro.
Nessa tarde se encontrará com uns 100 mil jovens no Kololo Air Strip
Kampala. Neste encontro, observou o Padre Lombardi, serão significativos
os testemunhos, entre os quais estará o de um jovem que foi sequestrado
por guerrilheiros quando era pequeno e o de uma jovem portadora do
vírus HIV. Para finalizar as visitas em Uganda, o Santo Padre irá à Casa
de Caridade de Nalukolongo, depois uma reunião privada com os bispos e
concluirá com um encontro com sacerdotes, religiosos e seminaristas.
República Centro-Africana
A última etapa da viagem é a República Centro-Africana. Na chegada,
Francisco visitará à presidente de transição, Catherine Samba-Panza, e,
em seguida, terá um encontro com o corpo diplomático e a classe
dirigente, onde pronunciará um discurso em francês, idioma que utilizará
pela primeira vez em um ato público desde que é Papa. Em seguida,
Francisco visitará um campo de refugiados. Também se reunirá no mesmo
dia com os bispos, com as comunidades evangélicas, e celebrará a Missa
com os sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas. Nesse momento,
o Santo Padre vai abrir a Porta Santa da Catedral de Bangui, em
antecipação do Jubileu da Misericórdia. Para terminar o dia, o Papa
Francisco confessará alguns jovens e abrirá uma vigília de oração. Na
segunda-feira 30 de novembro, último dia, o Papa se encontrará com a
comunidade muçulmana na mesquita central do Koudoukou em Bangui. Para
concluir a viagem, vai celebrar a Missa no estádio de desportos
Barthélémy Boganda.
Entre a comitiva que acompanha o Santo Padre na viagem, participa o
Cardeal Pietro Parolin, secretário de estado, exceto na última etapa,
porque ele tem de viajar para Paris para a reunião da COP 21. Também
acompanha os cardeais Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a
Evangelização dos Povos, e Peter Turkson, presidente do Pontifício
Conselho Justiça e Paz. Além disso, como é habitual em viagens papais,
participará um trabalhador do vaticano, nesta ocasião se trata de uma
mulher, Burkina Faso, que trabalha em uma das lojas do Governatorato.
(19 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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