São mais de dois mil mortos só em 2015 e aumenta o êxodo de pessoas rumo ao norte do continente
Roma,
20 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Ivan de Vargas
O grupo terrorista Boko Haram provocou a morte de pelo menos 50
pessoas numa série de atentados suicidas nas cidades nigerianas de Yola e
Kano. A primeira deflagração foi na terça-feira, num estacionamento ao
lado de uma mesquita e de um mercado de frutas: 34 vítimas mortais e 80
feridos, a maioria mulheres e crianças. Horas depois, a cidade mais
importante do norte do país sofreu duas explosões simultâneas. Duas
adolescentes-bomba jihadistas, uma de 11 anos e a outra de 18, se
imolaram numa loja de telefonia móvel e mataram 15 pessoas, deixando
feridas mais de 50.
O Boko Haram recorre com frequência a mulheres-bomba, incluindo
meninas: a mais jovem até agora tinha apenas 7 anos. Os chefes do grupo
mantêm ter o controle da carga explosiva e a ativam à distância mediante
telefones celulares.
O grupo é o mais mortífero do mundo segundo o Global Terrorism Index,
que lhe atribui a perda de 6.644 vidas durante o passado ano, contra
6.073 mortes perpetradas pelo Estado Islâmico, organização à qual os
extremistas nigerianos juraram lealdade.
A aliança entre Boko Haram e EI era esperada: diversos grupos
jihadistas, de países como Egipto, Líbia e Paquistão, manifestaram
fidelidade nos últimos meses ao autoproclamado califado de Abu Bakr
al-Bagdadi.
Estes novos crimes dos fundamentalistas islâmicos ocorrem poucos dias
depois de o presidente nigeriano Muhammadu Buhari anunciar que a luta
contra a insurgência chegaria à vitória definitiva dentro de até um mês.
A recente contra-ofensiva do governo tirou dos extremistas o território
conquistado no passado ano, mas o Boko Haram respondeu com uma sucessão
de ataques urbanos e incursões em aldeias. A insurreição jihadista,
iniciada em 2009, também impôs o êxodo de dezenas de milhares de pessoas
do nordeste da Nigéria.
(20 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário