As Missionárias da Caridade reivindicam
o direito da criança a ter um pai e uma mãe regularmente casados e
não um pai ou mãe solteiro
Roma,
03 de Novembro de 2015
(ZENIT.org)
Osvaldo Rinaldi
Quase ninguém falou do assunto, mas, no último 1º de agosto, as
Missionárias da Caridade bloquearam os processos de adoção nos 15
orfanatos que administram na Índia, em manifestação contra a mudança nas
leis do país. A Índia alterou as condições de acesso à adoção,
expandindo o “direito” também às pessoas solteiras e aos casais
separados ou divorciados.
O gesto revela a sensibilidade e a seriedade do futuro das crianças abandonadas: elas precisam de uma família unida para ser acolhidas num ambiente que lhes garanta um crescimento humano adequado, um amadurecimento afetivo sadio e uma preparação para a inserção na sociedade civil.
As irmãs da Madre Teresa de Calcutá tiveram a grande coragem de testemunhar ao mundo a grandeza e a dignidade da família humana, formada por um homem e uma mulher, unidos pelo vínculo indissolúvel e fiel do matrimónio, fundamento robusto para se construir a educação e o cuidado das crianças.
A declaração de fidelidade que o casal expressa publicamente no matrimónio é pré-requisito para o acolhimento das crianças adotadas. Ter sido abandonado pelo cônjuge não é uma condição ideal para acolher uma criança abandonada.
A dor de uma separação ou de um divórcio é uma ferida do coração. Quem a sofre precisa de apoio. Mesmo que a pessoa separada comece uma nova vida com outro parceiro, isso não é garantia de ter superado os traumas de um relacionamento passado. Deve-se considerar que os novos relacionamentos, muitas vezes, acumulam novos problemas sobre situações difíceis preexistentes, dissolvendo-se com frequência até o novo casamento. O fato é pouco levado em conta quando se trata de adoção.
Observar que as pessoas de famílias desfeitas não são consideradas adequadas para adotar um filho não significa condená-las e excluí-las de outras formas de serviço. Há muitas formas de subsidiariedade que requerem a solidariedade individual. E o modelo familiar de ajuda mútua é a base de qualquer instituição humana que queira viver relações de acolhimento e de solidariedade.
A possibilidade de permitir a adoção também para solteiros (como já acontece em muitos países) é outra escolha questionável, porque revela escasso conhecimento da eficácia do projeto educativo.
Um pai e uma mãe são bem conscientes da beleza e da satisfação da sua missão educativa, mas também das muitas dificuldades envolvidas na educação de uma criança. Um filho precisa constantemente do apoio tanto da figura masculina quanto da feminina.
O pensamento único deseja apagar a diferença entre os sexos e eliminar a identidade sexual. As crianças, em sua simplicidade e espontaneidade, compreendem muito bem que existe uma diferença substancial entre homem e mulher, uma diferença que não está só na aparência, mas tem raízes na sensibilidade diferente diante dos vários aspectos da vida. A criança vê na complementaridade e na reciprocidade entre homem e mulher uma diversidade que enriquece, não um problema a ser eliminado.
Um pai e uma mãe sabem que um precisa do outro para escolher o verdadeiro bem dos filhos, para corrigir-se nos excessos ou nas deficiências individuais, para protegê-los e acompanhá-los no caminho rumo às escolhas do futuro.
Como é que uma mãe pode oferecer ao filho a proteção e a autoridade amorosa que só um pai pode dar? Como é que um pai vai ter a ternura, as atenções e a premura que só uma mãe pode doar?
A decisão das religiosas da Madre Teresa de Calcutá revela a defesa da dignidade das crianças abandonadas, que têm o direito de ser protegidas de um mundo egocêntrico, esquecido de que a prioridade é a necessidade do menor e não as vontades dos adultos.
O gesto revela a sensibilidade e a seriedade do futuro das crianças abandonadas: elas precisam de uma família unida para ser acolhidas num ambiente que lhes garanta um crescimento humano adequado, um amadurecimento afetivo sadio e uma preparação para a inserção na sociedade civil.
As irmãs da Madre Teresa de Calcutá tiveram a grande coragem de testemunhar ao mundo a grandeza e a dignidade da família humana, formada por um homem e uma mulher, unidos pelo vínculo indissolúvel e fiel do matrimónio, fundamento robusto para se construir a educação e o cuidado das crianças.
A declaração de fidelidade que o casal expressa publicamente no matrimónio é pré-requisito para o acolhimento das crianças adotadas. Ter sido abandonado pelo cônjuge não é uma condição ideal para acolher uma criança abandonada.
A dor de uma separação ou de um divórcio é uma ferida do coração. Quem a sofre precisa de apoio. Mesmo que a pessoa separada comece uma nova vida com outro parceiro, isso não é garantia de ter superado os traumas de um relacionamento passado. Deve-se considerar que os novos relacionamentos, muitas vezes, acumulam novos problemas sobre situações difíceis preexistentes, dissolvendo-se com frequência até o novo casamento. O fato é pouco levado em conta quando se trata de adoção.
Observar que as pessoas de famílias desfeitas não são consideradas adequadas para adotar um filho não significa condená-las e excluí-las de outras formas de serviço. Há muitas formas de subsidiariedade que requerem a solidariedade individual. E o modelo familiar de ajuda mútua é a base de qualquer instituição humana que queira viver relações de acolhimento e de solidariedade.
A possibilidade de permitir a adoção também para solteiros (como já acontece em muitos países) é outra escolha questionável, porque revela escasso conhecimento da eficácia do projeto educativo.
Um pai e uma mãe são bem conscientes da beleza e da satisfação da sua missão educativa, mas também das muitas dificuldades envolvidas na educação de uma criança. Um filho precisa constantemente do apoio tanto da figura masculina quanto da feminina.
O pensamento único deseja apagar a diferença entre os sexos e eliminar a identidade sexual. As crianças, em sua simplicidade e espontaneidade, compreendem muito bem que existe uma diferença substancial entre homem e mulher, uma diferença que não está só na aparência, mas tem raízes na sensibilidade diferente diante dos vários aspectos da vida. A criança vê na complementaridade e na reciprocidade entre homem e mulher uma diversidade que enriquece, não um problema a ser eliminado.
Um pai e uma mãe sabem que um precisa do outro para escolher o verdadeiro bem dos filhos, para corrigir-se nos excessos ou nas deficiências individuais, para protegê-los e acompanhá-los no caminho rumo às escolhas do futuro.
Como é que uma mãe pode oferecer ao filho a proteção e a autoridade amorosa que só um pai pode dar? Como é que um pai vai ter a ternura, as atenções e a premura que só uma mãe pode doar?
A decisão das religiosas da Madre Teresa de Calcutá revela a defesa da dignidade das crianças abandonadas, que têm o direito de ser protegidas de um mundo egocêntrico, esquecido de que a prioridade é a necessidade do menor e não as vontades dos adultos.
(03 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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