Durante sua homilia em Santa Marta, Francisco nos exorta a não nos deixarmos distrair pelos afazeres do dia a dia
Roma, 07 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio
Fazer memória de nossa vida, na oração diária. Nesta
perspectiva, o Papa Francisco meditou as leituras de hoje durante a
missa em Santa Marta. A partir de São Paulo (Gal 1-13-24) que não
esquece o seu passado de pecador.
Deus nos escolhe, faz com o seu povo o que "faz com que cada um de
nós" e esta é "uma graça de amor", explicou o Papa. O exemplo de Paulo,
acrescentou, é de um homem que "faz memória desta realidade, mas em sua
concretude", confessando que ele era" ruim "e" perseguidor": em outras
palavras, "faz memória de seu caminho e assim começa a recordar do
começo.”
Fazer memória do próprio passado "não é muito comum entre nós", disse
o Santo Padre. No entanto, cada um de nós tem uma "história de graças,
uma história de pecados, uma história de caminhos" e "é bom rezar com a
nossa história": que nos leva a “glorificar a Deus".
E São Paulo "faz memória de seus pecados", se envaidecendo com estas
palavras: "Fui pecador, mas Cristo Crucificado me salvou." Assim, todos
nós somos convidados a fazer.
Atitude errónea recorrente é a de Marta, quando Jesus disse: “‘Tu te
inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto, pouca coisa é
necessário. Maria escolheu a melhor parte’: ouvir o Senhor e fazer
memória”.
É impossível "rezar todos os dias como se não tivéssemos história.
Cada um de nós tem a sua própria. E com essa história no coração vamos
para a oração, como Maria. Mas, muitas vezes, nos deixamos levar, como
Marta, pelo trabalho, pelos deveres do dia a dia, e esquecemos dessa
história", disse o Pontífice.
Nossa relação com Deus "não começa no dia do Baptismo”, ali ela é
“sigilada". Começa "quando Deus, da eternidade, olhou para nós e nos
escolheu.”
Cada um de nós deve fazer memória da escolha de Deus por nós, da sua
promessa que "nunca desilude" e que é "nossa esperança" e "nosso caminho
de aliança". Esta é a "verdadeira oração."
O Papa Francisco concluiu sua homilia convidando-nos a rezar o Salmo
138: “Senhor, vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim,
quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos.
Quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus
passos”.
(07 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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