Durante sua homilia na Santa Marta, Francisco adverte os cristãos que se comportam como pagãos e acabam perdendo sua identidade
Roma, 21 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio
"Sem Cristo não temos identidade". Nestes termos, o Papa
Francisco se expressou durante a homilia desta manhã na capela da Casa
Santa Marta, reflectindo sobre as leituras de hoje (Ef 2,12-22, Lc
12,35-38).
Conforme relatado no Evangelho de hoje, Jesus se compara com ao
patrão da casa que volta tarde e elogia os servos fiéis que o esperavam
vigiando com lâmpadas acesas. Depois, Jesus se faz servo de seus
servidores e lhes serve o almoço na mesa.
O primeiro serviço que Ele faz aos seus discípulos é o dom da
identidade cristã: São Paulo recorda aos Efésios que "sem Cristo", eles
seriam "excluídos da cidadania de Israel."
Jesus nos dá "cidadania, pertença a um povo, nome e sobrenome" e põe
fim a toda inimizade entre nós. "Todos nós sabemos que quando não
estamos em paz com as pessoas, eleva-se um muro - disse o Papa -. Um
muro que nos divide, mas Jesus nos oferece seu serviço para quebrar este
muro, para que nos encontremos. “Reconciliou-nos com Deus: de inimigos a
amigos; de estranhos a filhos."
A condição para assumir essa "identidade" de servos, é de espera:
"Quem não espera Jesus - disse o Pontífice - fecha a porta a Ele, não
deixa que Ele faça essa obra de paz, de comunidade, de cidadania, e
mais: de nome. Ele nos dá um nome. Nos faz filhos de Deus."
O cristão vive "da esperança cristã" e "sabe que o Senhor virá" e não
nos encontrará "isolados" ou "inimigos", mas "amigos próximos, em paz."
Cada um de nós deve se perguntar: "Como espero Jesus?". E antes
disso: "espero ou não espero?". O cristão deve ter o "coração aberto,
para ouvir o barulho", quando Jesus "bate à porta, quando abre a porta";
sabe esperar por Ele.
O oposto é representado pelo "pagão", que "esquece de Jesus, pensa em
si mesmo, nas suas coisas, não espera Jesus", faz “como se fosse um
deus": eu me viro sozinho. Seu destino é acabar "sem nome, sem
proximidade, sem cidadania", concluiu o Santo Padre recordando que,
"muitas vezes nós cristãos nos comportamos como pagãos."
(21 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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