A decisão das autoridades israelitas foi seguida do ferimento de um rabino extremista e a subsequente morte, causada pela política, do seu suposto homem-bomba
Roma, 30 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
Alta tensão em Jerusalém. Tudo começou ontem, quando uma
bala de uma pistola feriu um militante israelita-americano, o rabino
Yehuda Glick, durante uma conferência sobre a reconstrução de um antigo
templo judaico na mesquita de al-Aqsa. A situação piorou no início desta
manhã, após o anúncio do assassinato, pelas forças policiais
israelitas, de um homem de 32 anos palestino, suspeito de ser o
homem-bomba do rabino.
Num comunicado da polícia divulgado pelo porta-voz Luba Samri,
posteriormente foi decretado o fechamento "até nova ordem" do local
sagrado de al-Aqsa, “a todos os visitantes e excepcionalmente até aos
muçulmanos vindos para rezar por causa das actuais tensões” na cidade.
De acordo com o que afirmou o ministro palestino para os Bens
religiosos, Shaykh Yusuf Deis, é a primeira vez desde a Guerra dos Seis
Dias de 1967, que al-Aqsa está completamente fechada para os fiéis
muçulmanos, até mesmo para o encarregado de chamar à oração.
Uma escolha que só serve para aumentar o descontentamento palestino,
depois que na semana passada o governo israelita tinha permitido a
construção de milhares de novas casas para colonos em Jerusalém
Oriental. "Este perigoso crescimento israelita é uma declaração de
guerra ao povo palestino, aos seus lugares sagrados e à nação árabe e
islâmica", disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente do Anp, Abu
Mazen.
(30 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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