Uma enfermeira a recuperou secretamente na sala de cirurgia no 13 de Maio de 1981. A exposição é das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo
Roma, 28 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
Na igreja Regina Mundi, em Roma, das Filhas da Caridade de
São Vicente de Paulo, está exposta uma relíquia muito especial de São
João Paulo II. Trata-se da camiseta interior, manchada de sangue, que
ele usava no dia do atentado na Praça de São Pedro, 13 de Maio de 1981.
Por ocasião da beatificação do pontífice polaco, a relíquia foi
exposta pela primeira vez para a veneração dos fiéis. Atrás de uma
moldura de vidro simples é possível ver umas manchas escuras e o buraco
da bala que ficou alojada no abdómen de Karol Wojtyla.
A camiseta, que tem as iniciais JP bordadas em fio vermelho, foi
abandonada na sala de operações, antes que a enfermeira Anna
Stanghellini a resgatasse e a conservasse em segredo por vários anos. A
enfermeira confessou o seu segredo à irmã Beatrice Priori no ano 2000 e o
Vaticano cedeu a peça às Filhas da Caridade.
O pontífice polaco foi seriamente ferido por três tiros, na mão, abdómen e um braço, enquanto andava em um carro aberto durante um de
seus percursos regulares na Praça de São Pedro, pelo atirador turco
Mehmet Ali Agca. Em 1983 o Papa visitou o seu pretenso assassino na
prisão Rebibbia, conversou com ele, e perdoou-lhe. Agca nunca explicou
as razões que o levaram a atacar o Papa e, depois de passar quase 20
anos atrás das grades, foi perdoado no ano 2000 pelo presidente da
Itália e depois extraditado para a Turquia.
Nunca se soube quem foram os mandantes do atentado, porque Agca foi
um hábil despistador. Entre as hipóteses mais certas está o seu trabalho
para o serviço secreto búlgaro pelo regime soviético, já que o Kremlin
temia que o Papa São João Paulo II colocasse em dificuldade o império
soviético.
O Papa João Paulo II atribuiu o milagre de ter se salvado à Virgem de Fátima, em cuja coroa está uma das balas disparadas.
(28 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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