O grande número de mártires que a perseguição de Diocleciano produziu, fez que a Igreja instituísse uma festa para comemorar os santos 'anónimos'
Roma, 30 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
Em uma sociedade que tende a evitar a questão da morte, a
festa pagã do Halloween pode ser uma ocasião propícia para testemunhar a
alegria do Evangelho e da esperança cristã.
Assim, em países de tradição católica, a solenidade de Todos os
Santos é comemorada no dia 1 de Novembro para destacar a vocação
universal dos cristãos à santidade. Neste dia a Igreja comemora todos os
santos que não têm uma festa própria no calendário litúrgico.
O grande número de mártires cristãos que a perseguição de Diocleciano
produziu (284-305) levou a Igreja no século IV a estabelecer um dia
para comemorá-los, já que o calendário não era suficiente para dar a
cada um o seu. A primeira data era 21 de Fevereiro.
Mas em 610 a festa litúrgica dos Santos mudou para 13 de maio, dia em
que o Papa Bonifácio IV consagrou o Pantheon romano, onde se honravam
os deuses pagãos, como templo da Santíssima Virgem e de Todos os
Mártires.
Há pouco mais de cem anos depois, Gregório III (731-741) a transferiu
para o 1 de Novembro, em resposta à celebração pagã do Ano Novo celta
ou "Samagin" – agora chamada Halloween – , na qual se festejava a noite
do 31 de Outubro, acreditando que ocorria a abertura entre o mundo
material e o das trevas, e que os mortos viessem visitar os vivos.
Mais tarde, Gregório IV (827-844) estendeu a celebração do 1 de
Novembro para toda a Igreja. Neste dia os cristãos homenageiam os santos
"anónimos", pessoas que viveram a serviço de Deus e de seus
contemporâneos.
Neste sentido, é a festa de todos os baptizados, que são chamados por
Deus à santidade. A celebração termina, portanto, com um convite à
experimentar a alegria daqueles que colocaram Cristo no centro de sua
vida.
Você também pode ler: A origem do Halloween, véspera do Dia de Todos os Santos
(30 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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