O Papa recebe em audiência uma delegação da Orientale Lumen Foundation da América, participantes da peregrinação ecuménica liderada pelo Metropolita Kallistos de Diokleia
Roma, 24 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
"A visita do Bispo de Roma ao Patriarcado Ecuménico e o novo
encontro entre o Patriarca Bartolomeu e minha pessoa serão sinais da
profunda ligação que une a sede de Roma e de Constantinopla e do desejo
de superar, no amor e na verdade, as barreiras que ainda nos separam".
Com estas palavras, e com a mente já voltada à sua próxima viagem à
Turquia em Novembro, o Papa Francisco recebeu na manhã de hoje, na Sala
dos Papas, uma delegação de membros da Orientale Lumen Foundation da
América, participantes na peregrinação ecuménica liderada pelo
Metropolita Kallistos de Diokleia.
A próxima etapa da viagem será exactamente o Phanar, onde a delegação
se reunirá com Bartolomeu I. "Por favor, transmitam as minhas saudações
cordiais e fraternas com a certeza do meu afecto e da minha estima",
disse o Papa.
Em seguida, lembrou que "toda peregrinação cristã não é somente uma
jornada geográfica, mas especialmente a ocasião de um caminho de
renovação interior para ir cada vez mais a Cristo Senhor, ‘aquele que dá
origem à fé e a leva à realização’”. Dimensões “absolutamente
essenciais para proceder também ao longo da estrada que leva à
reconciliação e à plena comunhão entre todos os crentes em Cristo". "Não
há um verdadeiro diálogo ecuménico sem a disponibilidade de uma
renovação interior e buscando uma maior fidelidade a Cristo e à Sua
vontade", disse Francisco.
Disse que está "feliz" ao saber que a peregrinação quer recordar os
Papas João XXIII e João Paulo II, canonizados em Abril passado. Uma
escolha que "enfatiza a grande contribuição que deram para o
desenvolvimento de relações sempre mais estreitas entre a Igreja
Católica e as Igrejas Ortodoxas", diz o Santo Padre. O exemplo dos dois
Papas santos - acrescentou - é, definitivamente, "esclarecedor para
todos nós", porque "eles sempre testemunharam uma paixão ardente pela
unidade dos cristãos, surgida da dócil escuta da vontade do Senhor, que
na última ceia orou para Pai para que os seus discípulos ‘fossem um’”.
Um exemplo é o fato de que São João XXIII, quando anunciou a
convocação do Concílio Vaticano II, apontou entre os objectivos
justamente o da unidade dos cristãos. Ou também o impulso notável dado
por São João Paulo II ao compromisso ecuménico da Igreja Católica na
Carta Encíclica Ut Unum Sint.
Aos dois papas, Francisco, então, confia o prosseguimento da viagem
da Orientale Lumen Foundation. Antes da despedida pede, como de costume,
oração para si, para que “com a intercessão destes dois santos, meus
antecessores, possa desempenhar o meu ministério de Bispo de Roma a
serviço da comunhão e da unidade da Igreja, seguindo em tudo a vontade
do Senhor".
(24 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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