«Se eu pude, quem não poderá?»
A pequena que podia não ter nascido... Mas nasceu. |
Actualizado 11 de Outubro de 2014
ReL
Lauren Lee, mãe de um menino de três anos, era membro das Forças Armadas norte-americanas quando padeceu uma duríssima cadeia de lesões. Queria ser soldado pára-quedista, assim que se envolveu a fundo na capacitação.
Uma lesão atrás outra
Um dia rompeu-se uma perna, mas disseram-lhe ("mentiram-me", afirma) que era um entorse, a qual agravou o seguinte traumatismo. Tinha que saltar desde uma altura de quase dois metros com trinta quilogramas carregados às costas, e o seu quadril não resistiu, resultando numa rotura do ligamento sacroilíaco. Ainda assim aguentou, para conseguir o seu sonho de entrar nessa unidade de elite. Mas no salto seguinte, desde uma altura de mais de dois metros, chegou o desastre: ocorreu o mesmo no outro lado do seu osso púbico, e agora a sua pélvis sustem-se graças a um implante metálico.
Teve que deixar o exército: "Sofri uma severa lesão medular. Apenas podia andar. A dor é contínua, e aguentei à base de comprimidos. Tive que passar por várias operações porque as duas primeiras se fizeram mal. A dor é extrema e percorri os Estados Unidos procurando uma solução", explica na LifeSiteNews.
Radiografia do quadril de Lauren Lee e do seu implante. |
Gravidez imprevista
Estando nessa situação física, Lauren Lee ficou grávida de um homem diferente do pai do seu primeiro filho: "A primeira vez que mantivemos relações, depois de mês e meio saindo, falhou o nosso método anticonceptivo. Não lhe dei importância, porque tinha necessitado dez meses para conceber o meu menino de três anos". Mas poucas semanas depois, ao comprovar a primeira falta, o teste de gravidez deu positivo.
"No princípio convenci-me a mim mesma de abortar", continua: "Disse-me que estava justificado pelas minhas lesões e eu pelo duro que seria para mim. A lista de razões pelas quais o aborto faria a minha vida mais fácil pareceu-me longa. Ainda que tivesse tido alguma formação cristã, puderam-me convencer de que o aborto era a solução para mim.
Quando chamei o meu namorado para dizer-lhe que estava esperando, apoiou-me em qualquer decisão que tomasse. Depois de visitar o ginecologista, pedi entrevista com Planned Parenthood [a principal industria aborteira nos Estados Unidos, n.n.] sem dizer nada a ninguém".
Salvada por... As náuseas e uma "foto"
Fizeram-lhe uma ecografia. "Vi o bebé, de dez semanas. Parecia humano. Já me tinha desligado da minha medicação contra a dor e estava tendo pelas manhãs um mau estar muito intenso. O meu namorado e eu estávamos passando um momento menos bom na nossa relação. Assim que pedi entrevista para levar a cabo ´o procedimento´ dois dias depois".
Na véspera, Lauren Lee não tinha dúvidas: "Ainda estava convencida de que era o correcto". Ao chegar à data, esteve a ponto de não apanhar o carro por causa das suas habituais náuseas matutinas, mas fê-lo. Sem dúvida, em pouco teve que parar e deitar-se para um lado: "Não podia deixar de vomitar. Como chegava tarde à entrevista, reprogramei-a para o dia seguinte".
No dia seguinte passou-se o mesmo, mas desta vez, quando estava no carro a caminho do abortório antes de voltar a reprogramar o aborto, fez algo decisivo: "Olhei a ecografia que me tinham feito três dias antes, vi aquele pequeno ser humano, e comecei a chorar".
Uma dupla reflexão
"Compreendi que havia considerado demasiados ´eu´ e demasiados ´a mim´. Se, eu era pobre. Sim, vivia de uma pensão de incapacidade. Tinha um montão de razões para não ter essa criança", recorda: "Mas enquanto estava ali, sentada no carro, compreendi que era eu quem tinha decidido manter relações sexuais, não era a criança quem tinha pedido para estar ali. Nesse momento perguntei-me quem era eu para seleccionar qual dos meus filhos vivia e qual morria. Não era um simples ´procedimento´, eu ia matar uma criança. Uma criança com um coração que batia, com rosto, com dedos, com pés".
Reencontro com Jesus
Lauren Lee deu meia volta, voltou para casa e rezou: "Tive um ´reencontro com Jesus´, como gosta de dizer. Senti-me mal inclusive por ter considerado matar a minha filha, e pedi perdão. Disse ao pai da criatura que não podia fazê-lo... E disse que se alegrava e que dava graças a Deus de que não o tivesse feito! Não levávamos muito tempo juntos, mas decidimos que, acontecesse o que acontecesse entre nós, estaríamos ali para a nossa filha. Considerei inclusive a adopção se via que não podia valer-me por mim mesma".
Problemas de todo o tipo, mas...
A gravidez "não foi fácil", confessa. Inclusive diagnosticaram-lhe intra-uterinamente à pequena uma rara enfermidade cardíaca e problemas na bexiga. Enquanto Lauren Lee, tinha que utilizar andador e cadeira de rodas, e estiveram a ponto de hospitalizá-la pelas náuseas. Teve placenta prévia e, às vinte semanas, desprendimento de placenta, que se curou por si mesmo.
Duas semanas antes da data prevista tiveram que fazer-lhe uma cesariana porque não suportava as dores, e porque o implante metálico no seu quadril lhe impedia um parto natural. A operação contou, além do cirurgião, com um especialista na pélvis.
"Se exponho o meu testemunho", conclui a jovem, "é porque, se eu pude completar a minha gravidez com umas dores extremas e sem ter muito dinheiro... Qualquer uma pode. E estou tão feliz de tê-lo feito! Jamais me teria podido perdoar ter abortado. Agora tenho uma filha preciosa, Alexia Grace. Nasceu em 27 de Agosto. E agora sei que sou uma boa mãe, e que todas as crianças merecem a oportunidade de viver".
Estando nessa situação física, Lauren Lee ficou grávida de um homem diferente do pai do seu primeiro filho: "A primeira vez que mantivemos relações, depois de mês e meio saindo, falhou o nosso método anticonceptivo. Não lhe dei importância, porque tinha necessitado dez meses para conceber o meu menino de três anos". Mas poucas semanas depois, ao comprovar a primeira falta, o teste de gravidez deu positivo.
"No princípio convenci-me a mim mesma de abortar", continua: "Disse-me que estava justificado pelas minhas lesões e eu pelo duro que seria para mim. A lista de razões pelas quais o aborto faria a minha vida mais fácil pareceu-me longa. Ainda que tivesse tido alguma formação cristã, puderam-me convencer de que o aborto era a solução para mim.
Quando chamei o meu namorado para dizer-lhe que estava esperando, apoiou-me em qualquer decisão que tomasse. Depois de visitar o ginecologista, pedi entrevista com Planned Parenthood [a principal industria aborteira nos Estados Unidos, n.n.] sem dizer nada a ninguém".
Salvada por... As náuseas e uma "foto"
Fizeram-lhe uma ecografia. "Vi o bebé, de dez semanas. Parecia humano. Já me tinha desligado da minha medicação contra a dor e estava tendo pelas manhãs um mau estar muito intenso. O meu namorado e eu estávamos passando um momento menos bom na nossa relação. Assim que pedi entrevista para levar a cabo ´o procedimento´ dois dias depois".
Na véspera, Lauren Lee não tinha dúvidas: "Ainda estava convencida de que era o correcto". Ao chegar à data, esteve a ponto de não apanhar o carro por causa das suas habituais náuseas matutinas, mas fê-lo. Sem dúvida, em pouco teve que parar e deitar-se para um lado: "Não podia deixar de vomitar. Como chegava tarde à entrevista, reprogramei-a para o dia seguinte".
No dia seguinte passou-se o mesmo, mas desta vez, quando estava no carro a caminho do abortório antes de voltar a reprogramar o aborto, fez algo decisivo: "Olhei a ecografia que me tinham feito três dias antes, vi aquele pequeno ser humano, e comecei a chorar".
Uma dupla reflexão
"Compreendi que havia considerado demasiados ´eu´ e demasiados ´a mim´. Se, eu era pobre. Sim, vivia de uma pensão de incapacidade. Tinha um montão de razões para não ter essa criança", recorda: "Mas enquanto estava ali, sentada no carro, compreendi que era eu quem tinha decidido manter relações sexuais, não era a criança quem tinha pedido para estar ali. Nesse momento perguntei-me quem era eu para seleccionar qual dos meus filhos vivia e qual morria. Não era um simples ´procedimento´, eu ia matar uma criança. Uma criança com um coração que batia, com rosto, com dedos, com pés".
Reencontro com Jesus
Lauren Lee deu meia volta, voltou para casa e rezou: "Tive um ´reencontro com Jesus´, como gosta de dizer. Senti-me mal inclusive por ter considerado matar a minha filha, e pedi perdão. Disse ao pai da criatura que não podia fazê-lo... E disse que se alegrava e que dava graças a Deus de que não o tivesse feito! Não levávamos muito tempo juntos, mas decidimos que, acontecesse o que acontecesse entre nós, estaríamos ali para a nossa filha. Considerei inclusive a adopção se via que não podia valer-me por mim mesma".
Problemas de todo o tipo, mas...
A gravidez "não foi fácil", confessa. Inclusive diagnosticaram-lhe intra-uterinamente à pequena uma rara enfermidade cardíaca e problemas na bexiga. Enquanto Lauren Lee, tinha que utilizar andador e cadeira de rodas, e estiveram a ponto de hospitalizá-la pelas náuseas. Teve placenta prévia e, às vinte semanas, desprendimento de placenta, que se curou por si mesmo.
Duas semanas antes da data prevista tiveram que fazer-lhe uma cesariana porque não suportava as dores, e porque o implante metálico no seu quadril lhe impedia um parto natural. A operação contou, além do cirurgião, com um especialista na pélvis.
"Se exponho o meu testemunho", conclui a jovem, "é porque, se eu pude completar a minha gravidez com umas dores extremas e sem ter muito dinheiro... Qualquer uma pode. E estou tão feliz de tê-lo feito! Jamais me teria podido perdoar ter abortado. Agora tenho uma filha preciosa, Alexia Grace. Nasceu em 27 de Agosto. E agora sei que sou uma boa mãe, e que todas as crianças merecem a oportunidade de viver".
in
Sem comentários:
Enviar um comentário