O evento foi apresentado nesta sexta-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé
Roma, 24 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
O Pontifício Conselho Justiça e Paz, em parceria com a
Academia Pontifícia das Ciências Sociais e com líderes de diversos
movimentos, organizou para os dias 27 a 29 de Outubro de 2014 um
Encontro Mundial dos Movimentos Populares.
A iniciativa foi apresentada nesta sexta-feira na Sala de Imprensa
da Santa Sé pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício
Conselho Justiça e Paz, por dom Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da
Academia Pontifícia das Ciências Sociais, e por Juan Grabois, do Comité
Organizador do Encontro e da Confederação de Trabalhadores da Economia
Popular.
O primeiro e o terceiro dias (27 e 29) acontecerão no Salesianum; o
segundo dia (28) na Sala Antiga do Sínodo, com a participação do Santo
Padre. O encontro é voltado principalmente às organizações e movimentos
dedicados às populações excluídas.
Bispos e outros trabalhadores de vários países estão convidados para
estimular o diálogo e a parceria desses movimentos com a Igreja. A
reunião acontecerá em espanhol, francês, inglês, italiano e português. O
encontro se encerrará com a criação de uma instância internacional de
coordenação entre os movimentos populares, com o apoio da Igreja.
Espera-se a participação de cerca de 100 delegados, reunindo
trabalhadores em situações de precariedade ou sazonais, migrantes e
participantes de sectores populares, informais, sem protecção legal, sem
reconhecimento sindical e sem direitos trabalhistas, além de
trabalhadores rurais sem terra, membros de povos indígenas, moradores de
subúrbios e assentamentos informais e marginalizados sem infraestrutura
urbana.
O dirigente popular Juan Grabois afirma que, além do desejo dos
grandes ideais de justiça e de paz, o encontro tem objectivos concretos:
que as maiorias populares tenham acesso a "terra, tecto e trabalho".
Grabois agradeceu ao papa porque "ele nos fortalece para seguir em
frente na nossa convicção activa de que um mundo melhor é possível".
Dom Marcelo Sánchez Sorondo, respondendo a ZENIT, declarou que, com a
Evangelii Gaudium, o papa Francisco não mudou a Doutrina Social da
Igreja, mas sim o seu enfoque, se levarmos em conta a frase
"globalização da indiferença". Ele precisou também que não se trata de
questões políticas partidaristas ou ideológicas, e sim de despertar a
política, no sentido de “polis”, para a realidade dos marginalizados, a
fim de conseguir a sua integração.
(24 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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