Pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e director espiritual, responde sobre a recitação dos mistérios do Rosário
Roma, 24 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Pe. Edward McNamara, L.C.
Em sua coluna sobre liturgia, o padre Edward McNamara, L.C.,
professor de liturgia e decano de Teologia no Pontifício Ateneu "Regina
Apostolorum", em Roma, responde a questões levantadas por um leitor de
Hong Kong e outro do Quénia.
Eu gostaria de saber em quais os dias da semana devemos recitar os
mistérios do Rosário e se tem uma ordem fixa. Podemos alterar de acordo
as próprias preferências? - M. R., Hong Kong. / Recitar o Rosário é a
única maneira de se dirigir a Maria? Quais são as outras possibilidades?
- C.M., Nairobi, Quénia.
Outubro é o mês dedicado ao Rosário, parece um bom momento para responder a estas duas questões.
Após a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, assinada
pelo Papa João Paulo em 16 de Outubro de 2002, o ciclo de meditações dos
mistérios do Rosário para cada dia da semana é o seguinte:
- Mistérios Gozosos (ou da alegria): segundas e sábados
- Mistérios Luminosos (ou da luz): quintas-feiras
- Mistérios Dolorosos (ou das dores): terças e sextas-feiras
- Mistérios Gloriosos (ou da glória): quartas-feiras e domingos.
Esta distribuição dos mistérios durante a semana é um costume e não
algo fixado por lei específica, por isso há uma ampla margem para a
devoção pessoal. Também é costume rezar os mistérios que são mais
apropriados para as respectivas festas. Por exemplo, se a Anunciação cai
em uma sexta-feira, é mais apropriado rezar os Mistérios Gozosos do que
que os Dolorosos.
Da mesma forma, podem existir outras boas razões para não seguir o
ciclo normal dos mistérios do rosário: Durante retiros e exercícios
espirituais, por exemplo, os mistérios são, muitas vezes, recitados de
acordo com os temas do dia. Depois, pode haver razões pessoais que levam
a mudanças no ciclo normal dos mistérios.
Claro que você pode rezar em um determinado dia mais do que um grupo
de mistérios e até recitar o rosário completo. Apesar do trabalho, São
João Paulo II, muitas vezes, rezava o Rosário completo diariamente.
Normalmente, recomenda-se rezar directo pelo menos os cinco mistérios do
dia, forma para obter a indulgência associada ao rosário. O Enchiridion Indulgentiarum (ou Manual das Indulgências) diz a este respeito:
"Concede-se indulgência plenária ao fiel que rezar o Rosário na
igreja, oratório ou em família, na comunidade religiosa, em piedosas
associações. Em outras circunstâncias, concede-se indulgência parcial”.
Mesmo o Rosário sendo a oração mariana por excelência e a mais
recomendada pelos Papas ao longo dos séculos, existem outras formas para
honrar a Virgem Maria.
O Manual das Indulgências oferece várias sugestões, oficialmente
reconhecidas pela Igreja e associadas a indulgências, quer plenária ou
parcial.
Você pode rezar o Magnificat, o Angelus ou o Regina Caeli. Ou recitar as orações "Maria, Mãe das Graças", o Memorare de São Bernardo de Claraval. Além disso, a Salve Regina, e as orações Sancta Maria Sucurre Miseris e Sub Tuum Praesidium. Esta oração é talvez a mais antiga invocação a Maria sob o título de Mãe de Deus.
A indulgência plenária, em termos semelhantes aos do Rosário, também
foi concedida pelo Papa João Paulo II para os que rezam ou participam na
celebração do hino Akathistos do rito bizantino. Dedicado ao Theotokos ou "Mãe de Deus" é uma das mais belas expressões poéticas de amor a Nossa Senhora.
Existem muitas outras orações e hinos dedicados à Virgem Maria que
promovem a devoção e a veneração a Ela e oferecem inspiração para imitar
suas virtudes, que é a maior honra que podemos dar a Maria.
***
Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org .
Pedimos mencionar a palavra "Liturgia" no campo assunto. O texto deve
incluir as iniciais do remetente, cidade, estado e país. O pe. McNamara
só pode responder a uma pequena selecção das muitas perguntas que
recebemos.
(24 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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