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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Há 1 milhão de católicos nos Emiratos Árabes: os bispos pedem que se respeite os imigrantes

Actualizado 6 de Outubro de 2014

Fides 

Paróquia católica em Abu Dhabi,
cheia de imigrantes indianos
Os milhões de trabalhadores estrangeiros em busca de trabalho e de dignidade que chegam aos países do Médio Oriente - e em particular os países do Golfo - cooperam com as suas habilidades e energias ao bem das nações que os acolhem e esperam “reciprocidade e respeito da sua dignidade humana e dos seus direitos humanos”, com especial referência a condição das mulheres.

Assim a Conferência de Bispos Católicos de rito latino das regiões árabes (CELRA), que se reuniu na Ras al Khaimah (Emiratos Árabes Unidos) de 29 de Setembro a 3 de Outubro, nas conclusões do seu trabalho quis sublinhar a difícil situação de milhões de trabalhadores estrangeiros - muitos deles cristãos - que nos países do Médio Oriente vivem discriminações desde o ponto de vista da liberdade religiosa e outros direitos humanos.

No comunicado final da reunião, recebido na Agência Fides, os bispos reconhecem os progressos realizados em alguns países nos últimos tempos, e dão as graças “aos governos que estão fazendo progressos no reconhecimento da liberdade de culto dos trabalhadores”.

Ao mesmo tempo pedem aos imigrantes cristãos que “respeitam a cultura e as tradições dos países que os recebem”.

Só nos Emiratos Árabes Unidos, que foram sede da Assembleia dos Bispos, os imigrantes por trabalho estrangeiros representam 70 por cento dos 4 milhões de habitantes, e entre eles mais da metade são baptizados.

Só os católicos - na sua maioria filipinos e indianos – já são cerca de um milhão.

Durante os dias de estada nos Emiratos Árabes Unidos, os bispos católicos latinos das Regiões Árabes tiveram a oportunidade de reunir-se e conhecer de perto a vitalidade das comunidades cristãs no Dubai, Abu Dabi, Fujeireh, Um Quwein, Sharjah e Ras El Khaimeh, cujos membros pertencem a 34 nacionalidades diferentes.

“Temos admirado a sua fé, que vivem no meio das dificuldades e sacrifícios, mas com grande alegria”, lê-se no comunicado emitido no final da assembleia.

“A maioria dos trabalhadores - escrevem os bispos - dão um testemunho de paz e tolerância e esperam a reciprocidade e o respeito da sua dignidade humana e seus direitos sociais, sobretudo pensando nas mulheres”.

Na relação com a assembleia extraordinária do sínodo dos bispos, que acaba de iniciar em Roma, dedicada à família, no comunicado da CELRA lê-se entre outras coisas que os membros da Conferência questionaram-se “como encontrar o equilíbrio entre a indissolubilidade do matrimónio, por uma parte, e as necessidades dos divorciados que voltaram a casar de uma vida sacramental pela outra”.


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