Santa Maria Bertilla foi uma alma escolhida de Deus e um alívio angelical do sofrimento humano em sua época
Horizonte, 20 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
"Uma alma escolhida de Deus... um alívio angelical do
sofrimento humano neste lugar", assim é descrita Maria Bertilla em uma
placa comemorativa em seu túmulo. Papa Pio XII também define a jovem: “É
uma humilde camponesa” tratando da simplicidade que revestia a
santidade da jovem Anna Francesca Boscardin que nasceu em Brendola na
Itália no dia 06 de Outubro de 1888. Era a mais velha de três filhos de
um casal de camponeses. Seu pai era muito violento e vivia embriagado,
mas sua mãe desde cedo a ensinou a rezar e suportar as situações
próprias de sua vida simples. Nos estudos, não conseguiu progredir muito
devido às inúmeras ausências por conta de seu trabalho no campo.
Com perseverança, Anna fez sua primeira comunhão aos nove anos e
aos treze anos fez o voto de castidade. Seu coração aspirava a vida
religiosa e foi até o pároco para lhe manifestar este desejo. O pároco
respondeu: “Aninhas, tu não serves para nada. Quaisquer religiosas não
saberiam que fazer duma aldeã ignorante como tu és”. Resignada, Anna
retirou-se, mas depois o padre sensibilizado a chamou e admitiu sua
entrada na vida religiosa presenteando-a com um catecismo. No dia 8 de Abril de 1905 Anna ingressou no Convento das Irmãs Mestras de Santa Doroteia dos Sagrados Corações, com o nome de Maria Bertilla. Ao entrar
Maria proferiu estas palavras: “Eu não sei fazer nada. Ensina-me. Eu
quero ser santa”. Maria trabalhou como lavadeira e ajudante de cozinha
por três anos.
Foi designada para trabalhar no hospital de Treviso, mas a superiora
julgando sua falta de conhecimento não a aceitou. Iniciou um treinamento
da função de enfermeira e enfim foi promovida para trabalhar com as
crianças vitimas de difteria. Executou com maestria e piedade sua
função, vindo a diplomar-se como enfermeira e posteriormente prestando
incomparável disposição e solidariedade no cuidado dos feridos e doentes
no hospital militar durante a 1ª Guerra Mundial. Devido à perseguição
sofrida por parte de sua superiora, foi novamente enviada para o
hospital em Treviso. Ela aceitou com solicitude e retornou, porém com a
saúde abalada foi submetida a uma cirurgia para retirada de um tumor.
Repetiu a mesma cirurgia e faleceu no dia 20 de Outubro de 1922.
Foi beatificada no dia 8 de Junho de 1952 pelo Papa Pio XII, e canonizada em 11 de Maio de 1961 pelo Papa João XXIII.
(20 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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