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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ano da Vida Consagrada: Carta circular aos consagrados e às consagradas

Começará no dia 30 de Novembro. O Papa Francisco estará presente nos eventos principais. Dicastério para a Vida Consagrada envia carta que já está disponível em português.


Brasília, 04 de Junho de 2014 (Zenit.org) Thácio Siqueira


O Papa Francisco não só abrirá e encerrará pessoalmente o Ano da vida consagrada, mas também estará presente nos principais eventos. O anúncio (de acordo com a Rádio Vaticano) foi feito na conclusão da 83° Assembleia da União dos Superiores Gerais (Usg), acontecido em Roma, do 28 ao 30 de Maio.

A temática do último dia da Assembleia foi o Ano para a Vida Consagrada que (por convocação do Papa Francisco) começará oficialmente no dia 30 de Novembro, primeiro domingo do Advento, de 2014 e se estenderá até o dia 2 de Fevereiro de 2016.

De entre as várias actividades que estão sendo preparadas (congresso ecuménico, congresso destinado aos formadores e às formadoras da vida consagrada entre outras) o Ano especial dedicado aos religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, concluirá com a Semana mundial da vida consagrada na unidade, do 24 de Janeiro ao 2 de Fevereiro de 2016.

Todas as iniciativas estão sendo organizadas em três âmbitos: através da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; da União dos Superiores Gerais; e no âmbito mais restrito das realidades locais, de acordo com cada congregação religiosa.

Carta circular aos consagrados e às consagradas
A Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, enviou uma Carta, datada do 2 de Fevereiro deste ano e assinada pelo seu Prefeito, Dom João Braz de Aviz, com o tema “'Alegrai-vos', Carta Circular aos consagrados e às consagradas do Magistério do Papa Francisco”.

A carta é uma espécie de colectânea das principais palavras que o Santo Padre dirigiu à Vida Consagrada.

“Gostaria de dizer-vos uma palavra e a palavra é alegria. Onde estão os consagrados, há sempre alegria”, dessa forma inicia a carta circular, uma carta que “encontra as suas razões” nesse convite do Papa Francisco: “Os religiosos devem ser homens e mulheres capazes de despertar o mundo”.

As reflexões do dicastério e as palavras do Papa Francisco giram em torno do conceito da alegria que “não é um ornamento inútil, mas uma exigência e fundamento da vida humana” já que “Não há santidade na tristeza”, cita o Papa Francisco.

O testemunho da alegria se enraíza “na escuta fiel e perseverante da Palavra de Deus” na escola do Mestre, que, para um religioso, nasce também do momento no qual Jesus olhou para ele e o chamou.

A fonte dessa alegria é o contacto com o mestre. A oração é a fonte de fecundidade da missão. “Quando falta um olhar de fé 'a própria vida vai perdendo gradativamente o sentido’, “os acontecimentos da história permanecem ambíguos, quando não desprovidos de esperança”.

Sempre citando o Papa Francisco a carta afirma que “Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas sobretudo têm necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem.” Que os consagrados, então, sejam “sinal de humanidade plena, facilitadores e não controladores da graça, prostrados no sinal da consolação”.

Os consagrados, para tornar fecunda e verdadeira a sua alegria, são chamados, a “levar o sorriso de Deus, e a fraternidade é o primeiro e mais credível Evangelho que podemos narrar”. A alegria (afirma) “se consolida na experiência de fraternidade”, pois uma “fraternidade sem alegria é uma fraternidade que se apaga”.

O “Fantasma que deve ser combatido (recorda a missiva) é a imagem da vida religiosa entendida como refúgio e consolação diante de um mundo externo difícil e complexo”, evitando de todas as formas “privatizar o amor”, não tendo “medo da renovação das estruturas. A Igreja é livre. O Espírito Santo a conduz”.
No final da carta o Dicastério seleccionou uma série de perguntas, uma espécie de questionário, que permite “um leal confronto entre Evangelho e Vida”,  perguntas que o mesmo Papa Francisco elaborou ao longo dos seus discursos e homilias dirigidas aos consagrados e consagradas.

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