O prof. Bogdan Chazan, "réu" de não concordar em realizar um aborto, é alvo de muitos meios de comunicação. Levantam-se em sua defesa, a Conferência dos Bispos e o movimento pró-vida
Czestochowa, 12 de Junho de 2014 (Zenit.org) Don Mariusz Frukacz
Os meios de comunicação liberais e de direita, de mãos dadas
com as realidades pró-aborto, estão manipulando uma grande campanha na Polónia contra aqueles médicos que assinaram a “Declaração de fé”, um
testamento que, de fato, não acrescenta nada de novo mas que só reafirma
o tradicional juramento de Hipócrates, que requer que os médicos
respeitem a vida humana desde a concepção até o seu fim natural.
"Recentemente o professor Bogdan Chazan, diretor do Hospital
Especialista da Sagrada Família de Varsóvia, tornou-se vítima dos
ambientes pró-aborto. O professor Chazan, invocando a objecção de
consciência, não consentiu a realização de um aborto em um hospital
dirigido por ele. A criança nascitura, na 25ª semana de gestação da
paciente, que tinha chegado a ele pedindo um aborto, tinha tido graves
danos no crânio e no cérebro", diz Antoni Zięba, o presidente da
Associação Polaca para a Protecção da Vida humana em uma carta aberta ao
Ministro da Saúde.
O professor Bogdan Chazan sugeriu à mãe da criança gravemente doente e
ainda não nascida para cuidar dele durante a gravidez, o parto e o
pós-parto. Também destacou a possibilidade de acesso à assistência
perinatal pediátrica de Varsóvia.
Mas, como destaca Antoni Zięba, a recusa de realizar um aborto no
Hospital da Sagrada Família e não ter indicado à mãe outra estrutura
onde ela pudesse ir para abortar, foi a ocasião para se iniciar uma
grande campanha nos ambientes pró-aborto contra o professor Chazan.
Em sua carta, o Presidente da Associação Polaca para a protecção da
vida humana defende o professor Bogdan Chazan e recorda que o médico,
como qualquer cidadão polaco, tem constitucionalmente garantida a
liberdade de consciência. O artigo 53 da Constituição polaca garante “a
liberdade de consciência e de religião". Também todo médico, como toda
pessoa, tem o direito de desfrutar de todos os direitos humanos escritos
na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Antoni Zięba recorda que o
artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que
"todos têm o direito à liberdade de pensamento, consciência e de
religião; tal direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença,
e a liberdade de manifestar, sozinho ou em comunidade, tanto em público
quanto em privado, a própria religião ou o próprio credo no ensino, nas
práticas, no culto e na observância dos ritos ".
Em sua carta Antoni Zięba recorda que o professor Bogdan Chazan
também respeitou a Resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da
Europa, n. 1.763, de 7 de Outubro de 2010 sobre o direito de levantar a objecção de consciência, que afirma que "nenhuma pessoa, nenhum hospital
ou outra instituição será forçada, responsabilizada ou descriminada de
qualquer forma por causa de uma rejeição a realizar, facilitar, assistir
ou ser submetido a uma aborto, à execução de um parto prematuro, ou à
eutanásia ou qualquer outro ato que poderia provocar a morte de um feto
ou de um embrião humano, por qualquer motivo”.
Antoni Zięba escreve também que o professor Bogdan Chazan respeitou
as normas do Código de Ética Médica, que afirma: "Em seus esforços como
médico na frente de uma mulher grávida, um médico, ao mesmo tempo é
responsável pela saúde e a vida de seu filho. Portanto, o dever do
médico é o de preservar a vida e a saúde da criança, mesmo antes de seu
nascimento".
O professor Chazan também respeitou a Convenção da ONU sobre os
Direitos da infância onde no preâmbulo se afirma que "a criança, em
decorrência de sua imaturidade física e mental, necessita de uma protecção e de cuidados especiais, inclusive uma devida protecção legal,
tanto antes como depois do nascimento", escreveu Antoni Zięba.
O texto integral da carta aberta ao Ministro da Saúde em defesa do
Professor Bogdan Chazan foi publicado no site da revista Católica
Niedzela.
Também o Grupo para a Pastoral da Saúde e Pacientes na Conferência
Episcopal Polaca "ansiosamente observa as expressões de agressão verbal
para com os membros do Serviço de Saúde, que assinaram a" ‘Declaração de
Fé’”. (Trad.TS)
(12 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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