Naftali Frenkel, Eyal Yifrah e Gilad Shaer foram sequestrados voltando da escola para casa no dia 12 de Junho
Roma, 25 de Junho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Rachel Frenkel é a mãe de Naftali, um jovem de 16 anos que,
junto com Gilad Shaer e Eyal Yifrah estão desaparecidos desde o dia 12
de Junho. Os três jovens judeus foram sequestrados na Cisjordânia
enquanto voltavam das escolas religiosas numa colónia israelita.
As três mães, com Rachel como porta-voz, vieram ao Conselho de
Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, para pedir que a
comunidade internacional ajude-as a trazer os três rapazes de volta para
casa com suas famílias.
"Meu nome é Rachel Frenkel, e moro em Israel. Hoje eu vim aqui como
uma mãe. Há dois dias meu filho Naftali e outros dois estudantes
adolescentes, Eyal Yifrah e Gilad Shaer (cujas mães estão sentadas
atrás de mim) foram sequestrados no caminho de casa, voltando da
escola. Desde então, não ouvimos nada - nenhuma notícia, nenhum sinal de
vida", disse a mulher.
A mãe explica o que aconteceu naquele dia: "meu filho me enviou uma
mensagem, e depois foi embora. O pesadelo de toda mãe é esperar e
esperar sem cessar pela volta do seu filho para casa. Por outro lado
expressa "nossa profunda gratidão pelas ondas de oração, apoio e energia
positiva, vindas de todo o mundo".
Aproveitando a oportunidade de estar presente nesta reunião, a Sra.
Frenkel agradeceu ao Secretário-Geral da ONU "por condenar o sequestro
de nossos meninos, expressando sua solidariedade com as famílias, e
pedindo a sua libertação imediata." Além disso, agradeceu a Cruz
Vermelha Internacional "por estabelecer claramente que o direito
internacional humanitário proíbe a prisão de reféns, e por exigir a
libertação imediata e incondicional de nossos meninos."
Ao mesmo tempo, a mãe de Naftali disse em seu discurso que acredita
que "é possível fazer muito mais - e deve ser feito - por muitos". "É
por isso que nós, as três mães, viemos aqui hoje - diante das Nações
Unidas e do mundo - para pedir que todos façam o melhor possível para
trazer de volta os nossos meninos", afirma Rachel.
No final disse que "não está bem levar crianças, meninos ou meninas
inocentes e usá-los como instrumentos de luta. É cruel. Este Conselho é
responsável pela protecção dos direitos humanos. Quero perguntar: Nem
todas as crianças têm o direito de voltar para casa em segurança da
escola? Só os queremos de volta em nossas casas, nas suas camas. Só
queremos abraça-los novamente”.
Este duro episódio no conflito Israel-Palestina acontece há pouco
mais de duas semanas do dia 08 de Junho, quando os Jardins do Vaticano
organizaram um acontecimento único: o então presidente de Israel, Shimon
Peres, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se reuniram no Vaticano
a convite do Papa Francisco para realizar uma oração pela paz.
O Papa fez este convite durante a sua viagem à Terra Santa, quando
pediu que os dois líderes “levantassem juntos uma intensa oração pedindo
a Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa no Vaticano para acolher este
encontro de oração”.
Nessa ocasião, Francisco observou que "para conseguir a paz, é
necessário coragem, muito mais do que para fazer a guerra. É preciso
coragem para dizer sim ao encontro e não ao confronto; sim ao diálogo e
não à violência; sim à negociação e não à hostilidade; sim ao respeito
dos acordos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade.
Para tudo isso é preciso ter coragem, uma grande força de espírito”.
Trad.TS
(25 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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