Actualizado 9 de Maio de 2014
Aciprensa / ReL
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O arcebispo Coakley numa das Marchas pela Vida em Washington, veterano activista provida |
Depois dos problemas na execução de um recluso num centro penitenciário do Oklahoma, o Arcebispo dessa cidade, Paul Coakley, fez um apelo a reconsiderar a pena de morte como sanção.
“Certamente temos que administrar a justiça com clara consideração pelas vítimas do crime, sem dúvida, devemos encontrar a maneira de fazê-lo sem contribuir para a cultura de morte que tenta destruir completamente o nosso sentido de dignidade até a vida humana desde a sua concepção até à sua morte natural”, afirmou Mons. Paul Coakley num comunicado emitido em 30 de Abril.
Segundo a BBC, ao aplicar a pena de morte, ao recluso Clayton Lockett administrou-se-lhe um sedante e dez minutos depois disse-se que estava inconsciente e administrou-se-lhe uma injecção letal, mas de imediato começou a retorcer-se e respirar intensamente.
Informou-se que Lockett morreu quase 50 minutos depois de um ataque cardíaco massivo.
Robert Patton, director do Departamento de Correcções de Oklahoma, afirmou que a veia de Lockett explodiu durante a execução, o que impediu que as drogas letais funcionassem como se esperava.
“A execução de Clayton Lockett mostra realmente a brutalidade da pena de morte”, reflectiu Mons. Coakley.
“Espero que isto nos leve a considerar se devemos adoptar uma suspensão da pena de morte ou inclusive aboli-la completamente”.
“A maneira como tratamos os criminosos fala muito do que somos como sociedade”.
“Uma vez que voltamos a entender que a vida é um presente do nosso Criador, totalmente desinteressado e imerecido para nenhum de nós, começaremos a reconhecer que existem e devem haver limites sumamente estritos que permitam o uso da pena de morte”, continuou o Arcebispo.
“Nunca deve usar-se, por exemplo, para exigir vingança ou simplesmente como um efeito dissuasivo. No geral, existem outras maneiras de executar uma sanção justa sem recorrer a medidas letais”.
Lockett tinha sido condenado pelo assassinato de Stephanie Neiman, uma jovem de 19 anos, contra quem disparou e cujos cúmplices enterraram ainda com vida em 1999.
Nos últimos anos, vários estados deixaram de aplicar a pena de morte por considerar que o sistema está cheio de imperfeições. No total, 18 estados aboliram a pena de morte nos Estados Unidos.
O Arcebispo Coakley pediu rezar “pela paz de todos os de que de alguma maneira se viram afectados ou envolvidos na execução dessa noite, incluindo o próprio Lockett, a sua família, funcionários e outros testemunhas do evento”. “A minha compaixão e orações vão especialmente para a família de Stephanie Neiman.”
A pena de morte no Catecismo católico
No seu parágrafo 2267 o Catecismo da Igreja Católica ensina:
O ensinamento tradicional da Igreja não exclui, suposta a plena comprovação da identidade e da responsabilidade do culpado, o recurso à pena de morte, se esta for o único caminho possível para defender eficazmente do agressor injusto as vidas humanas.
Mas se os meios incruentos bastam para proteger e defender do agressor a segurança das pessoas, a autoridade limitar-se-á a esses meios, porque eles correspondem melhor às condições concretas do bem comum e são mais conformes com a dignidade da pessoa humana.
Hoje, com efeito, como consequência das possibilidades que tem o Estado para reprimir eficazmente o crime, fazendo inofensivo aquele que o cometeu sem tirar-lhe definitivamente a possibilidade de redimir-se, os casos nos quais seja absolutamente necessário suprimir o réu «sucedem muito [...] rara vez [...], se é que já na realidade se dão alguns» [Citação da Evangelium Vitae de São João Paulo II]
“Certamente temos que administrar a justiça com clara consideração pelas vítimas do crime, sem dúvida, devemos encontrar a maneira de fazê-lo sem contribuir para a cultura de morte que tenta destruir completamente o nosso sentido de dignidade até a vida humana desde a sua concepção até à sua morte natural”, afirmou Mons. Paul Coakley num comunicado emitido em 30 de Abril.
Segundo a BBC, ao aplicar a pena de morte, ao recluso Clayton Lockett administrou-se-lhe um sedante e dez minutos depois disse-se que estava inconsciente e administrou-se-lhe uma injecção letal, mas de imediato começou a retorcer-se e respirar intensamente.
Informou-se que Lockett morreu quase 50 minutos depois de um ataque cardíaco massivo.
Robert Patton, director do Departamento de Correcções de Oklahoma, afirmou que a veia de Lockett explodiu durante a execução, o que impediu que as drogas letais funcionassem como se esperava.
“A execução de Clayton Lockett mostra realmente a brutalidade da pena de morte”, reflectiu Mons. Coakley.
“Espero que isto nos leve a considerar se devemos adoptar uma suspensão da pena de morte ou inclusive aboli-la completamente”.
“A maneira como tratamos os criminosos fala muito do que somos como sociedade”.
“Uma vez que voltamos a entender que a vida é um presente do nosso Criador, totalmente desinteressado e imerecido para nenhum de nós, começaremos a reconhecer que existem e devem haver limites sumamente estritos que permitam o uso da pena de morte”, continuou o Arcebispo.
“Nunca deve usar-se, por exemplo, para exigir vingança ou simplesmente como um efeito dissuasivo. No geral, existem outras maneiras de executar uma sanção justa sem recorrer a medidas letais”.
Lockett tinha sido condenado pelo assassinato de Stephanie Neiman, uma jovem de 19 anos, contra quem disparou e cujos cúmplices enterraram ainda com vida em 1999.
Nos últimos anos, vários estados deixaram de aplicar a pena de morte por considerar que o sistema está cheio de imperfeições. No total, 18 estados aboliram a pena de morte nos Estados Unidos.
O Arcebispo Coakley pediu rezar “pela paz de todos os de que de alguma maneira se viram afectados ou envolvidos na execução dessa noite, incluindo o próprio Lockett, a sua família, funcionários e outros testemunhas do evento”. “A minha compaixão e orações vão especialmente para a família de Stephanie Neiman.”
A pena de morte no Catecismo católico
No seu parágrafo 2267 o Catecismo da Igreja Católica ensina:
O ensinamento tradicional da Igreja não exclui, suposta a plena comprovação da identidade e da responsabilidade do culpado, o recurso à pena de morte, se esta for o único caminho possível para defender eficazmente do agressor injusto as vidas humanas.
Mas se os meios incruentos bastam para proteger e defender do agressor a segurança das pessoas, a autoridade limitar-se-á a esses meios, porque eles correspondem melhor às condições concretas do bem comum e são mais conformes com a dignidade da pessoa humana.
Hoje, com efeito, como consequência das possibilidades que tem o Estado para reprimir eficazmente o crime, fazendo inofensivo aquele que o cometeu sem tirar-lhe definitivamente a possibilidade de redimir-se, os casos nos quais seja absolutamente necessário suprimir o réu «sucedem muito [...] rara vez [...], se é que já na realidade se dão alguns» [Citação da Evangelium Vitae de São João Paulo II]
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