Francisco, em seu encontro com a Assembleia das Organizações de Ajuda às Igrejas Orientais mostra sua proximidade com a Síria, o Iraque, Terra Santa, Oriente Próximo, a Ucrânia e a Roménia
Roma, 26 de Junho de 2014 (Zenit.org)
Grande foi a consolação e grande é o encorajamento e a
responsabilidade decorrente da peregrinação à Terra Santa do Papa
Francisco, para continuar no caminho rumo à plena unidade de todos os
cristãos e também do diálogo inter-religioso. O mesmo Papa afirmou isso
durante o seu encontro com os participantes da 87ª Assembleia Plenária
da ROACO, a Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais, que
terminou hoje.
Além disso, o Santo Padre indicou que a oliveira plantada nos
jardins do Vaticano com o Patriarca de Constantinopla e os presidentes
israelita e palestino", recorda essa paz que se assegura somente se é
cultivada com mais mãos”. Dessa forma, Francisco destacou que quem
trabalha cultivando não pode esquecer que “o crescimento depende do
verdadeiro Agricultor que é Deus” e que “a verdadeira paz, a que o mundo
não pode dar, nos é dada por Jesus Cristo".
Por isso, Francisco indicou que, apesar dos ferimentos graves de hoje
em dia, a paz pode renascer sempre. E assim, o Pontífice quis agradecer
aos presentes porque colaboram com este “jardim” com a caridade, que
“constitui a finalidade mais autêntica das vossas organizações”. Com a
unidade e a caridade – continuou – os discípulos de Cristo cultivam a
paz para cada povo e comunidade vencendo as persistentes discriminações,
começando pelas causas religiosas.
Em seguida, o Santo Padre observou que os primeiros chamados para
cultivar a paz são precisamente os irmãos e as irmãs do Oriente, com
seus Pastores. "Esperando, às vezes, contra toda esperança, permanecendo
ali onde nasceram e onde desde o começo ressoou o Evangelho do Filho de
Deus feito homem, possam experimentar que são ‘beatos os que trabalham
pela paz, porque serão chamados filhos de Deus’”, desejou o Pontífice. E
manifestou o desejo de que sempre tenham o apoio da Igreja universal,
“para conservar a certeza de que o fogo de Pentecostes, o poder do Amor,
pode deter o fogo das armas, o ódio e a vingança”. E exclamou: “suas
lágrimas e os seus medos são os nossos, como o resto da sua esperança!”
Francisco dedicou umas palavras em particular “aos irmãos e irmãs da
Síria e do Iraque, aos seus bispos e sacerdotes" para expressar-lhes a
proximidade da Igreja Católica. Uma proximidade que se estendeu à Terra
Santa e ao Oriente Próximo, bem como à Ucrânia e à Roménia.
O Papa exortou os presentes a continuarem os esforços em seu favor.
"Vossa ajuda para as nações mais atingidas pode responder as
necessidades básicas, especialmente dos pequenos e fracos, como dos
muitos jovens tentados a deixar a pátria de origem”, disse o Santo
Padre.
Já que as comunidades orientais estão presentes em todo o mundo,
continuou, "vocês tentam levar alívio e apoio a todas as partes, aos
vários deslocados e refugiados, restaurando a dignidade e segurança, com
o devido respeito pela sua identidade e liberdade religiosa".
Concluindo seu discurso, o Papa encorajou os presentes a realizarem
as prioridades estabelecidas durante a Sessão Plenária, "em especial a
formação das novas gerações e dos educadores". (Trad.TS)
(26 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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