Continua a batalha legal dos islamitas para que seja reconhecido o "direito" de destruir os textos sagrados. Quem continuar distribuindo material cristão está ameaçado de prisão.
Roma, 26 de Junho de 2014 (Zenit.org)
Já tinham apreendido cerca de uma centena de exemplares da
Bíblia, nunca as restituíram, apesar de uma decisão contrária do
Procurador, agora o Mais, o Conselho Religioso Islâmico do
Selangoravverte que vai continuar a apreender textos cristãos que
contenham a palavra "Alá" e destruí-los.
A informação, aparece em um relatório oficial retomado por Asia
News, vem do presidente Datuk Mohamad Adzib Mohd Isa, acrescentando que o
grupo, órgão oficial do Estado de Selangor, tem o direito de "destruir"
os textos sagrados da Sociedade Bíblica da Malásia (BSM) já em sua
posse. Reivindica, além do mais, o dever de opor-se à distribuição de
literatura cristã em Selangor, um dos 13 estados da Malásia, e chega a
ameaçar a prisão daqueles que continuem a espalhar o material cristão
"fora da lei".
O Presidente Adzib reitera então a rejeição do veredicto do Mais que exige a restituição dos textos sagrados à BSM. Para o Judiciário, as
Bíblias não representam um perigo e o Selangor Islamic Religious
Department (Jais) errou ao confiscar. Os islamitas, no entanto, têm a
intenção de continuar a batalha legal, até que seja reconhecido o seu
"direito" de destruir as cópias da Bíblia.
Nos últimos dias, o sultão de Selangor pediu aos membros do Jais, que
detêm "os textos da discórdia", de ir ao tribunal e perguntar aos
juízes o que fazer com os textos. Altos membros da liderança local -
informa ainda Asia News - destacam que "ainda não há decisões oficiais"
sobre a disputa e se espera o pronunciamento do Poder Judiciário antes
de prosseguir. Ao mesmo tempo, é refutado fortemente o boato de que as
Bíblias já foram destruídas.
Os ataques contra a minoria cristã este ano - a apreensão das
Bíblias, ataques a igrejas e profanação de túmulos - são originados do polémico julgamento do Tribunal de Recurso, que impede à revista
católica HeraldMalaysia de usar a palavra "Alá". No dia seguinte do
veredicto, alguns funcionários do ministério do Interior apreenderam 2
mil cópias da revista da arquidiocese de Kuala Lumpur no aeroporto de
Kota Kinabalu, no estado de Sabah. A apreensão foi "justificada" pela
necessidade de verificar se a publicação era "compatível" com o
dispositivo emitido pelos magistrados e para ver se não "houvesse um uso
ilegal da palavra Allah".
Na Malásia, uma nação de mais de 28 milhões de pessoas, na grande
maioria muçulmanos (60%), os cristãos são a terceira confissão religiosa
(atrás dos budistas), com um número de fiéis superior aos 2,6 milhões; A
publicação de um dicionário latino-malese, com 400 anos de idade,
mostra como, desde o início, o termo "Alá" foi usado para descrever Deus
na Bíblia da língua local. Trad.TS
(26 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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