Organização Ajuda à Igreja que Sofre age em meio à instabilidade provocada pela queda de Mossul na mão de extremistas islâmicos
Roma, 25 de Junho de 2014 (Zenit.org)
Os ataques do grupo terrorista ISIL no Iraque provocaram a
fuga dos 3 mil cristãos de Mossul, um dos núcleos cristãos mais antigos
de toda a história do cristianismo. Por isso, a organização Ajuda à
Igreja que Sofre (AIS) enviou uma primeira ajuda de emergência de 100
mil euros aos cristãos que tentam escapar do ataque, acontecido neste
mês de Junho.
No dia 5, supostos partidários da organização terrorista ISIL
(Estado Islâmico do Iraque e do Levante, na sigla em inglês) começaram a
tomar a segunda maior cidade do Iraque. A metade da população, e, no
meio dela, todos os habitantes cristãos, teve de fugir. O ISIL continua
avançando pelo Iraque e invadindo outras cidades.
De acordo com informações do arcebispo caldeu de Mossul, Emil Shimon
Nona, todos os cerca de 3 mil habitantes cristãos de Mossul abandonaram a
cidade assim que os ataques começaram. Eles se refugiaram, em sua
maioria, nos vilarejos da planície de Nínive, que fica próxima da
cidade. A Igreja alojou os refugiados provisoriamente em escolas, salas
de catequese e casas abandonadas. O arcebispo afirmou ainda que "não se
sabe se as famílias poderão algum dia voltar para Mossul".
A ajuda de emergência serve para atender as primeiras necessidades
dos refugiados, que deixaram todos os seus pertences em Mossul. Há
relatos de que alguns cristãos retornaram à cidade, mas a maioria das
famílias tem medo e continua nos alojamentos provisórios. O arcebispo
Shimon Nona informa que mil famílias refugiadas estão sendo atendidas actualmente.
Regina Lynch, directora de projectos da AIS, explica: "Nós nos sentimos
muito unidos a esta Igreja porque compartilhamos o seu calvário e as
suas preocupações desde 1983. Estes sofrimentos sem fim são uma ferida
aberta para nós. Queremos que os cristãos do Iraque saibam, mais do que
nunca, que os cristãos do resto do mundo não os deixam sozinhos, mas
rezam por eles e os ajudam na medida do possível".
A Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) é uma fundação da Santa Sé,
promovida pelo papa Pio XII e iniciada pelo pe. Werenfried van Straaten
em 1947, para ajudar pastoralmente a Igreja que sofre perseguição em
qualquer parte do mundo. O contexto da criação da AIS foi a Guerra Fria e
as perseguições soviéticas à Igreja. Hoje, a organização conta com
escritórios em 17 países e desenvolve projectos em 140 nações. Durante os
últimos cinco anos, a Ajuda à Igreja que Sofre destinou 2,4 milhões de
euros para iniciativas em favor dos cristãos perseguidos no Iraque.
(25 de Junho de 2014) © Innovative Media Inc.
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