Alguns ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica sobre o bom costume de rezar pelos familiares e amigos defuntos, especialmente indicados para este mês de Novembro.
Nos Livros Santos chamam-se Novíssimos às coisas que sucederão ao homem no fim da vida: a morte, o juízo, o destino eterno: o céu ou o inferno. A Igreja apresenta-os de modo especial durante o mês de novembro. Através da liturgia, convidam-se os cristãos a meditar nestas realidades.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que «a morte põe termo à vida do
homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou à rejeição da graça divina,
manifestada em Jesus Cristo» «Ao morrer, cada homem
recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a
sua vida em referência a Cristo, quer através de uma purificação, quer para
entrar imediatamente na felicidade do céu, quer para se condenar imediatamente
para sempre». Catecismo da Igreja Católica, 1021-1022
O céu é
“o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado
supremo e definitivo da felicidade”. S. Paulo escreve: Nem olho viu, nem ouvido
ouviu, nem passou pelo pensamento do homem as coisas que Deus tem preparado
para aqueles que o amam” (1Cor 2, 9). Depois do
juízo particular, os que morrem na graça e na amizade de Deus e estão perfeitamente
purificados vão para o céu. Vivem em Deus, vêem-no tal como é. Estão sempre com
Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, gozam da sua felicidade, do seu
Bem, da Verdade e da Beleza de Deus. Esta vida
perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida
e de amor com Ela, com a Virgem Maria, com os anjos e com todos os
bem-aventurados chama-se céu. É Cristo que, pela sua morte e Ressurreição, nos
“abriu o céu”. Viver no céu é “estar com Cristo” (cf. Jo 14, 3; Flp 1, 23; 1 Ts
4,17). Os que chegam ao céu vivem “n’Ele”, mais ainda, encontram ali a sua
verdadeira identidade. Catecismo da Igreja Católica, 1023-1026
Os que
morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, embora
estejam certos da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação,
para alcançarem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu. A
Igreja chama purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é
completamente diferente do castigo dos condenados. Desde os
primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios
por eles, em particular o sacrifício eucarístico (cf. DS 856), para, uma vez
purificados, poderem chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda
também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência pelos defuntos. Catecismo
da Igreja Católica, 1030-1032
O ensinamento da Igreja afirma a existência do inferno e da eternidade. As
almas daqueles que morrem em pecado mortal descem aos infernos imediatamente
depois da morte e ali sofrem as penas do inferno, “o fogo eterno”. A pena
principal do inferno consiste na separação eterna de Deus em quem unicamente o
homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e pelas quais
aspira. Jesus fala frequentemente da geena e do fogo que nunca se apaga, reservado
para os que, até ao fim da vida, recusam acreditar e converter-se, e onde se
pode perder ao mesmo tempo o corpo e a alma. A Escritura e os ensinamentos da
Igreja a propósito do inferno são um chamamento à responsabilidade com que o
homem deve usar a sua liberdade em relação ao destino eterno. Constituem também
um apelo urgente à conversão.
O Juízo final sucederá quando vier o Cristo glorioso. Só o Pai conhece o
dia e a hora em que terá lugar, só Ele decidirá da sua vinda. Então Ele
pronunciará por meio do seu Filho Jesus Cristo, a sua palavra definitiva sobre
toda a história. Conheceremos o sentido último de toda a obra da criação e de
toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos
quais a sua Providência terá conduzido todas as coisas até ao seu fim último. O
Juízo final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças
cometidas pelas suas criaturas e que o seu amor é mais forte que a morte (cf.
Ct.8, 6).
A mensagem do Juízo final apela à conversão enquanto Deus dá aos homens
ainda “o tempo favorável, o tempo de salvação” (2 Co 6, 2). Inspira o santo
temor de Deus. Compromete para a justiça do Reino de Deus. Anuncia a
“bem-aventurada esperança” (Tt 2, 13) do regresso do Senhor que “virá para ser
glorificado nos seus santos e admirado em todos os que tiverem acreditado” (2
Ts 1, 10). Catecismo da Igreja Católica, 1038-1041
Para o homem esta consumação será a realização final da unidade do género humano, querida por Deus desde a criação e de que a Igreja peregrina era “como que o sacramento” (LG 1). Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos resgatados, a Cidade Santa de Deus. Já não estará ferida pelo pecado, pelas manchas, pelo amor próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrena dos homens. A visão beatífica de Deus será a fonte imensa de felicidade, de paz e de comunhão mútua.
Na Igreja Católica, o mês de Novembro, é iluminado de modo particular pelo
mistério da comunhão dos santos que se refere à união e à ajuda mútua que os
cristãos podem prestar-se entre si: nós que estamos ainda na terra, os que, já
certos de irem para o Céu, se purificam, antes de se apresentarem diante de
Deus dos vestígios de pecado no purgatório e os que intercedem por nós diante
da Santíssima Trindade onde gozam da felicidade suprema para sempre. O Céu é o
fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de
felicidade suprema e definitiva (Catecismo da Igreja Católica, 1024).
«E assim, de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda
caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo: mas
antes, segundo a constante fé da Igreja, essa união é reforçada pela
comunicação dos bens espirituais» (Catecismo 955). Os que morrem na graça e na
amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem
depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para
entrar na alegria do céu. (Catecismo, ponto 1030) A Igreja chama Purgatório a
esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos
condenados (Catecismo, ponto 1031)
Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos. (Catecismo, ponto 1032).
M. S. M.
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