Sempre que
chegamos ao Natal e contemplamos com calma a cena do presépio torna-se mais
fácil apercebermo-nos do imenso amor de Deus por nós: Jesus nasce numa gruta,
porque não havia lugar para Ele na pousada.
Jesus vem,
mesmo que tantas vezes fechemos as portas do coração como naquela noite lhe
fecharam as portas da hospedaria.
E vem de
graça. A sua vinda é completamente gratuita. Enquanto aqui na Terra tudo parece
seguir a lógica do “dar para receber”, Deus vem sem nos pedir nada em troca.
O seu amor
ultrapassa qualquer possibilidade de um negócio: nada fizemos para o merecer e,
evidentemente, devido à imensa distância que nos separa de Deus, nunca
poderemos retribuir o seu amor gratuito por cada um de nós.
O que se nos
pede no Natal – e, de algum modo, em toda a nossa
vida cristã – é que, em primeiro lugar, saibamos receber o amor gratuito de
Deus. Só depois, com a sua ajuda, o poderemos comunicar àqueles que nos
rodeiam.
E, assim, a
grande pergunta do Natal é esta:
Deixo-me amar
por Deus? Confio no seu amor, que me vem salvar?
Na Noite de
Natal, talvez na Missa do Galo, é justo que digamos a Deus do fundo do coração:
muito obrigado!
Só acolhendo
o dom que é Jesus que nasce poderemos, depois, tornarmo-nos “dom” como Ele. E
tornar-se dom é, como tantas vezes nos diz o Papa Francisco, dar um sentido divino
à nossa vida de cada dia.
Jesus mudou a História com o dom da sua vida. Não esperou que nos tornássemos bons para nos amar, mas deu-se gratuitamente a cada um de nós. Isto é aquilo que convém meditar com calma nesta grande festa que é o Natal.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Sem comentários:
Enviar um comentário