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domingo, 13 de dezembro de 2020

O MINDFULNESS será compatível com o catolicismo?

Vai sendo vulgar em alguns locais do país existir a oferta de Mindfulness nas escolas, dar às crianças. Admitamos que em alguns casos podem fazê-lo por ignorância, ou simplesmente porque não veem perigo em aplicar este modelo de técnicas orientais nos alunos, considerando até, que poderão ser benéficos para a sua concentração.

Mindfulness, também conhecido como atenção plena, faz parte das disciplinas da Nova Era ou New Age, que se foram implementando nas sociedades ocidentais, integradas num projecto mais alargado e silencioso que procura suplantar o cristianismo e introduzir a prática de outras religiões ou adorações pagãs.

A atenção plena, técnica desenvolvida por Jhon Kabat Zinn, baseada na meditação Vipassana Oriental, será uma forma de prestar atenção consciente à experiência do momento presente, controlando assim os pensamentos das pessoas, sem se preocupar ou buscar soluções para as suas eventuais problemáticas.

Numa sociedade stressada e ansiosa, vai sendo comum, aconselharem este método, como terapia, por isso está a ser tão bem-sucedido. Porém, compará-lo ou querer integrá-lo numa prática cristão, é não sé deveres perigoso como inadequado.

O ponto 2726 do Catecismo Igreja Católica diz-nos que no combate da oração, temos de enfrentar, em nós e à nossa volta, concepções erróneas da oração. Alguns veem nela uma simples operação psicológica; outros, um esforço de concentração para chegar ao vazio mental; outros ainda, reduzem-na a atitudes e palavras rituais. No inconsciente de muitos cristãos, rezar é uma ocupação incompatível com tudo o que tem de fazer: não têm tempo.

O Catecismo alerta para "equívocos" de oração, os quais "não são operações psicológicas" ou "esforços para alcançar um vazio mental" ou "a serenidade”. A oração cristã é conversar com Deus, como um Pai ou Amigo, elevar o coração e a mente para Ele, invocando o Espírito Santo e recebendo a Graça de Deus.

Pelo contrário, a meditação budista e a atenção plena levam à concentração no Eu, no que acontece ao redor, tornando-nos o centro de tudo, ou ainda a procurar um vazio relaxante, mas onde Jesus Cristo, os Santos e Nossa Senhora são ignorados ou esquecidos.

Na realidade são meditações completamente opostas, cada um poderá escolher a que mais lhe agradar, sabendo porém as diferenças que existem entre ambos os métodos. Todavia implementar em Escolas estes exercícios de pseudo relaxação com errada sugestão de psicólogos ou outros especialistas que já por si defendem e aprovam esta modernidade, sem se saber as contradições que lhe estão subjacentes, é muito perverso e perigoso.

Aos pais caberá a responsabilidade do discernimento e informação adequada das diferenças, pois não é a mesma coisa um criança ou jovem praticar ballet, natação ou outro desporto ou estar em posição de lótus, invocar Buda ou Shiva, deuses duma religião que não tem Deus, se antecipadamente souber que está a aderir a práticas não só estranhas como antagónicas ao espírito do cristianismo.

Suzana Maria de Jesus



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