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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Marcha contra a violência em Bragança: bispo pede harmonia e inclusão

 | 12 Jan 20

Memória de Luís Giovani Rodrigues na catedral de Bragança, sábado pasado. Foto © Bruno Luís Rodrigues – Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais de Bragança-Miranda

O bispo de Bragança, D. José Cordeiro, destacou neste sábado, 11 de Janeiro, que a cidade é cada vez mais “internacional e multicultural, sendo a diversidade uma enorme riqueza”. Por isso, acrescentou, de todos depende, também, que “seja cada vez mais uma terra de paz, de justiça, de diálogo, de boa convivência, de reconciliação e de harmonia social com uma cidadania ativa, inclusiva e corresponsável”.

As palavras do bispo foram proferidas na homilia da missa que culminou a marcha contra a violência, realizada em Bragança. Promovida pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em memória de Luís Giovani Rodrigues, o jovem cabo-verdiano de 21 anos que morreu no final do ano, depois de agredido dez dias antes. A marcha silenciosa contou com a participação de cerca de três mil pessoas, incluindo muitos dos mais de três mil estudantes estrangeiros do IPB, oriundos de mais de 70 nacionalidades, além de muitas pessoas da cidade.

“Nunca mais a violência! Nunca mais o ódio! Sim a mais fraternidade! Sim a mais Paz! Sim a mais cultura da Vida e do Amor!”, pediu o bispo, durante a sua homilia, acrescentando o apelo: “O bem faz sempre bem! Façamos o bem, bem feito e todos os dias da nossa vida.”

A marcha, que saiu do IPB, percorreu várias ruas da cidade, dirigindo-se depois para a catedral. Presentes estavam também uma centena de escuteiros, já que Luís Giovani era escuteiro e organista na paróquia dos Mosteiros, ilha do Fogo (Cabo Verde), e integrava a equipa da pastoral da juventude da sua diocese.

O jovem foi agredido na cabeça no dia 21 de Dezembro, numa briga em Bragança. Transferido para o Porto, esteve em coma dez dias e acabou por morrer dia 31, estando a morte a ser investigada pela Polícia Judiciária.

Ainda no sábado, realizaram-se marchas de solidariedade em outras cidades do país (Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa ou Porto) e também no estrangeiro (Londres, Luxemburgo ou Brockton, nos Estados Unidos), além da Cidade da Praia e Mosteiros, em Cabo Verde. 


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