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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Igreja crescente no Oriente comunista

O Vietname situa-se no sudeste asiático, no mar da China Meridional. É um país comunista com 95 milhões de habitantes, com um Partido único sendo a liberdade religiosa muito vigiada, limitada e, por vezes, ameaçada.

A posição oficial do Estado sobre a religião é de que todos os cidadãos são livres para seguir suas crenças, e que todas as religiões são iguais perante a Lei. No entanto, somente as organizações religiosas aprovadas pelo governo possuem permissão para residir no país. A Igreja Católica Romana está oficialmente proibida, e somente organizações católicas controladas pelo governo são permitidas.

Todavia, a Igreja Católica mantém-se viva e muito activa, com 27 dioceses, 2.200 paróquias e 2.600 sacerdotes. Nos populosos arredores de Ho Chi Minh, anteriormente denominada Saigão, hoje a macro capital, não há paróquias, mas a Igreja vai abrir locais missionários na zona para atender os católicos com celebrações diárias, actividades, cursos de Catecismo e obras missionárias.

A devoção à Virgem do Perpetuo Socorro foi muito difundida pelos redentoristas, presentes no país desde 1921.

São muitas as conversões de adultos, uns vindos do budismo, outros ateus ou pelo fascínio que a Igreja Católica exerce naquele povo muito sofrido e por cada adulto baptizam-se uma média de 3 bebés.

Sendo o budismo mahayana, o taoísmo e o confucionismo as religiões tradicionais que influenciaram fortemente a cultura nacional, hoje mais de 8% da população é cristã, num total de cerca de sete milhões de católicos romanos e em grande crescimento, não obstante as dificuldades e perseguições com que é atingida.

Vietname, um país comunista com mais de 95 milhões de cristãos, uma fé muito activa e em franco crescimento.

Recordemos um grupo de cento e dezassete valentes cristãos, cujos nomes foram identificados como mártires vietnamitas e beatificados no ano jubilar de 1900, pelo Papa Leão XIII.

A 19 de Junho de 1988, o Papa João Paulo II, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, canonizou-os. A cerimónia foi presidida pelo monsenhor Filipe Trần Văn Hoài.

A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Entre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior das sementes da Igreja Católica vietnamita.

Durante séculos milhares de vietnamitas foram martirizados, entre Bispos, Sacerdotes, religiosos e leigos. Muitos foram enterrados de forma anónima, mas sua lembrança permaneceu viva no espírito da comunidade católica e ainda hoje dá frutos abundantes.

A sua festa litúrgica é celebrada neste dia 24 de novembro.

Maria Susana Mexia

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