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sábado, 12 de dezembro de 2020

Nova Era: a que se referem quando falam de “energia”?


Segundo a Nova Era, estamos mergulhados num mar energético, ainda que não vejamos a energia cósmica – assim como o peixe não vê o oceano no qual nada, nem se apercebe da sua imensidade.

Para a ciência moderna tudo é energia, porém, a Nova Era, apoderou-se desta evidência e estabeleceu uma abusiva ligação da física quântica com o divino, num sincretismo e misto de paganismo com um pseudo cunho cristão.

Algumas manifestações da energia da Nova Era são: a ecologia e os métodos do potencial humano: reiki, tai chi etc.

A ecologia trata do meio ambiente e preocupa-se com o desenvolvimento da vida. Mas a Nova Era foi mais além, e hoje concedem menos importância ao ser humano do que aos outros seres irracionais.

A Nova Era criou o clima propício para a proliferação de inúmeros métodos do potencial humano, reiki, tai chi (“ki”, em japonês, “chi”, em chinês, significam “energia”), ioga, Energia Humana e Universal, meditação transcendental, Kryon etc.

Nestas práticas, é importante distinguir a técnica da ideologia. Os seus métodos de tratamento, alongamentos, concentração, exercícios respiratórios, físicos etc.) costumam ser o “anzol” para que seus praticantes adiram à ideologia da Nova Era, que no seu seio tem um misto de raízes budistas, hinduístas e taoistas, entre alguns recursos pagãos.

O panteísmo, vigente no hinduísmo desde o século VIII a.C., identifica o divino, Átman-Brâhman, o Uno Todo, com o “prana”, palavra sânscrita que significa a essência do éter, elemento imaterial e difuso por todo o universo, e com sua a “alma” (“átman”, em sânscrito).

Por isso, no hinduísmo, no ioga e em tantos métodos do potencial humano, os exercícios de respiração diafragmática ou profunda têm uma finalidade fisiológica (uma melhor oxigenação das células), mas sobretudo teologal, ou seja, respirar mais e melhor o divino, para chegar ao endeusamento próprio, até no campo fisiológico.

Até o século XX, acreditava-se que o éter preenchia todos os espaços vazios moleculares e interplanetários, e que era necessário para a transmissão das ondas eletromagnéticas. Mas a física moderna concluiu que esta teoria era falsa, pelo que foi considerada desnecessária e inexistente.

Por estas evidências teremos de assumir que mais não é do que uma crença, incompatível com a Ciência e também com a Doutrina Católica.

Miguel Ataíde

Bibliografia: Conselhos Pontifícios da Cultura e Diálogo Inter-Religioso, “Jesucristo, portador del agua de la vida”. Una reflexión cristiana sobre la “Nueva Era”, Cidade do Vaticano 2004; R. Bosca, New Age. La utopía religiosa de fin de siglo, Atlántida, Buenos Aires 1993; M. Guerra, 100 preguntas-clave sobre “New Age”, Monte Carmelo, Burgos 2004; Diccionario enciclopédico de las sectas, B.A.C., Madrid 20135 (palabras budismo, ecología, energía, Energía Humana y Universal, Espíritu Santo, gnosticismo, hinduismo, jehovismo, Jesucristo, MacLaine, mana, Meditación transcendental, Nueva Era, panteísmo, Potencial Humano, prana, reiki, taichí, Vida Universal, yoga). 


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